O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, julho 15, 2017

JÁ NÃO ESTOU A ESPERA



A Vida na meia-idade

Já não estou à espera de uma ocasião especial; queimo as melhores velas em dias normais.
 Já não estou  à espera que a casa seja limpa; eu encho-a de pessoas que entendem que até o pó é Sagrado.
Já não estou  à espera que todos me compreendam, esse não é o sua papel....
Já não estou à espera de crianças perfeitas. Os meus filhos têm os seus próprios nomes que ardem tão intensamente como qualquer estrela.
Já não estou à espera que de dar o outro passo e cair, já o dei e cai, e sobrevivi.
Já não estou  à espera do tempo certo; o tempo é sempre agora.
Não estou mais à espera do companheiro que me vai completar; estou grata por eu ser tão calorosa e terna.
Já não estou à espera de um momento calmo; o meu coração  fica em paz sempre que o chamo.
 Já não estou  à espera que o mundo esteja em paz, eu alcanço e respiro a paz dentro e fora de mim.
Já não estou  à espera de fazer algo grande, basta-me estar desperta e carregar o meu grão de areia, isso é suficiente.
Já não estou à espera de ser reconhecida, sei que danço num círculo sagrado.
Já não estou à espera de Perdão.
Eu acredito, eu Acredito.




Autor: Mary Anne Perrone
Irmandade de mulheres selvagens

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