O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, maio 30, 2017

O QUE QUE SEMPRE TENHO DITO


...e é extremamente importante compreender  perceber como a educação patriarcal e a matriarcal influenciam o ser humano e os efeitos nocivos na sua personalidade quando privado do amor da mãe.


"O primeiro objecto de amor para mulheres e homens é a mãe; mas no patriarcado, o filho tem de rejeitar a mãe para ser capaz de dominar a esposa como "um homem de verdade" - e a filha deve traí-la para se "submeter a um homem". Na sociedade matriarcal, esse duplo fardo de traição biológica e espiritual não ocorre. Tanto para as mulheres quanto para os homens, existe uma estrei...ta identificação com o grupo coletivo de mães, com a Mãe Terra e com a Mãe Cósmica. E, como os psicanalistas continuam a repetir, essa identificação é propícia à bissexualidade em ambos os sexos. Mas a homossexualidade em homens tribais ou pagãos não se baseava na rejeição da Mãe, ou da mulher, como na cultura patriarcal; era baseada no amor de irmão, irmão-afinidade, como filhos da mãe. E o lesbianismo entre as mulheres não se baseava no medo e rejeição dos homens, mas no desejo da filha de restabelecer a união com a Mãe e com sua própria feminilidade. O coletivo de mães, identificado por filhas e filhos, era formado por mulheres fortes, criativas, produtoras, sexualmente livres e visionárias. E assim o ideal da feminilidade, para ambos os sexos, não era a submissão forçada e estúpida dos oprimidos, como na cultura patriarcal."**

**From the book "The Great Cosmic Mother", Monica Sjoo e Barbara Moor


"O patriarcado é uma forma de organização política, económica, religiosa e social, baseada na ideia de autoridade e liderança do homem, no qual se verifica o predomínio dos homens sobre as mulheres, o marido sobre a esposa, do pai sobre a Mãe e os filhos e filhas, e da linha de descendência paterna sobre a materna. O patriarcado surgiu de uma tomada de poder histórico por parte dos homens, que se apropriaram da sexualidade e reprodução das mulheres e do seu produto, os filhos e filhas, criando, ao mesmo tempo uma ordem simbólica através dos mitos e da religião, que perpetuaram como única estrutura possível. O Patriarcado é a construção primária sobre a qual assenta toda a sociedade actual.
A ordem patriarcal cria uma impostura baseada no princípio do absoluto masculino (único, apenas) onde se exclui a mulher. Por isso o registo do passado da raça humana que foi escrito e interpretado é apenas um registo parcial, omitindo o passado da metade da humanidade. As mulheres também "fizeram História", mesmo que não exista registo dela, além do que hoje em dia as mulheres conseguiram resgatar. Às mulheres excluiu-se sistematicamente a tarefa de elaborar sistemas de símbolos, filosofias, ciências e leis.
Há que salientar que, actualmente, existem diferentes graus de opressão patriarcal substancialmente diferentes de acordo com a evolução e o desenvolvimento de cada sociedade, na história e que tem um paralelo na maior ou menor grau de aceitação e respeito."*

*A Declaração Universal dos Direitos Humanos adoptada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de Dezembro de 1948.



A IMPORTÂNCIA DAS MÃES - DO NASCER AO MORRER

As propriedades da voz da mãe suscitam melhores alterações do ritmo cardíaco, sobretudo dos recém-nascidos, e influencia, por isso os estádios do bebé, tendo um efeito apaziguador em caso de ativação alta.

Cristina Aguiar

A VOZ DAS MÃES

“Um Sifu me contou que lutadores de certos clãs no antigo Cantão quando tinham um oponente muito forte procuravam antes estudar o tom de voz da mãe deste (na época era fácil isso, as famílias viviam juntas, numa mesma casa várias gerações).
O tom de voz da mãe atravessa as barreiras defensivas em nós porque o ouvíamos como vibração, quando estávamos no útero.”

nuvem que passa

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