O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, dezembro 10, 2016

mães e filhas


Mães e filhas...

"Acho que todas as mães e filhas são velhas amigas no plano da alma, e que estamos aqui para nos ajudar a dar amor, aptidões e disciplina a estas partes de nossas personalidades que adoptamos ao nascer para evoluir mais plenamente. Uma vez que cada uma nasceu com dons e desafios diferentes, nenhuma das duas vai ter exatamente a mesma ideia do que é certo ou o que é melhor. Mas podemos trabalhar com vista a uma relação de toda a nossa vida em que cada uma seja o  suporte da plena evolução da outra, independentemente da fase da sua vida ou da sua idade.
Eu não tenho um poder superior ao das minhas filhas e nunca o usei. Dei-lhes o que eu era capaz de lhes dar, tal como a minha mãe me deu a mim. O que fazem elas com este legado agora depende delas em íntima relação com as suas almas."*

- Digamos que eu concordo com as premissas da autora...elas são muito dignas e correctas, mas bastante idealizadas -  no caso das mulheres mal amadas e ignorantes, mães sem educação, completamente aculturadas, submetidas a maridos violentos ou abusivos, a situações de vida precária, pobres e sem nenhuma auto-estima, como poderão elas ser esse suporte?  Umas vezes são mães prepotentes e abusam do seu poder, até pela violência, como podem ser totalmente vazias de qualquer sentido de vida e educação ou nobreza de carácter...esta moda de avaliar as coisas como se todas as mulheres fossem da "classe média" ou vivessem em mundos relativamente ricos...em que as mulheres são respeitadas, é quase uma obscenidade, pois a grande maioria das mães no mundo e mesmo na Europa civilizada, vivem na miséria senão económica,  na miséria moral e mental. Às vezes eu penso - de que mulheres falam estas mulheres tão inteligentes...sim certamente há uma ligação de almas e um carma...mas que mulheres sabem disso à partida - tirando uma minoria privilegiada? Não, nem preciso ser "comunista", basta ter discernimento...e ver em que mundo vivemos hoje!

rlp
*Christiane Northrup - médica e escritora americana  - autora de vários livros sobre a Mulher

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