O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, novembro 09, 2016

TAMBÉM EU...





" Atrevo-me a dizer que não penso assim  tanto na velhice. Nunca pensei que a idade fosse um critério. Não me senti particularmente jovem há cinquenta anos (quando tinha vinte, gostei muito da companhia de gente mais velha), e não me sinto velha hoje. A minha idade muda e sempre mudou de hora em hora. Nos momentos de cansaço tenho dez séculos; nos momentos de trabalho, quarenta anos; no jardim, com o cão, tenho a impressão de ter quatro anos."

Marguerite Yourcenar

Numa carta a Jeanne Carayon

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