O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, outubro 24, 2016

A MULHER BUSCA A SUA IDENTIDADE...




EM BUSCA DA VERDADEIRA IDENTIDADE FEMININA

"A mulher busca a sua identidade (...) mas o referencial interno, que é a sua própria terra psíquica, é negado.
Ao fazer a substituição do seu ego feminino pelo ego masculino, fica desorientada e esquece que possui como potencialidades dentro de si mesma um princípio masculino que a pode ajudar"
"Na ansiedade de ser aceite socialmente, ela recusou a vivência dos princípios femininos, vistos como qualidades secundárias e inferiores, ...embora necessárias. "
"Pelo não reconhecimento da sua feminilidade (essencial) a mulher se afirma, como indivíduo, muito timidamente diante do homem. Ela procura vestir a máscara da objectividade masculina para ser aceite no seu mundo. E ele se impõe prepotentemente diante dela , exibindo a sua luz solar"


IN O Casamento do Sol e da Lua - Raissa Calvacanti



“O símbolo da Deusa não é uma estrutura paralela ao de deus-pai. A deusa não rege o mundo; ela é o mundo. Manifesta cada um de nós, cada pessoa pode conhecê-la interiormente, na sua magnífica diversidade. Ela não preconiza o domínio de um sexo pelo outro e não outorga nenhuma autoridade aos chefes hierárquicos temporais. Na Witch craft, cada um deve revelar a sua verdade. A divindade é vivida sob o aspecto da nossa forma própria, feminina ou masculina, porque ela também tem u...m aspecto masculino. O sexo torna-se um sacramento, e a religião consiste em voltar a unir o ser ao cosmo…Como mulher, a deusa nos inicia a perceber a nossa divindade, a sentir que o nosso corpo é sagrado. Mas a deusa também é importante para o homem. Por ser menos evidente, a opressão dos próprios homens no sistema patriarcal, dominado por um deus paternalista, não é menos trágica do que a da mulher…O homem é interiormente dividido, por um lado em ser espiritual obrigado a dominar a sua emoção, e por outro a domar os seus instintos animais. No Ocidente, ele tem de lutar contra si mesmo para vencer o pecado e, no Oriente, para matar o desejo e extinguir o ego…” Graças ao símbolo da deusa, os homens podem experimentar e integrar a sua própria feminilidade, que, em geral é o aspecto mais profundo e sensível do seu ser. A deusa não exclui o macho: ela o contém, assim como a mulher grávida contem o bebé macho.”*
*Star Hawk


IN Tantra – O Culto da Femininlidade - Outra visão da vida e do sexo
André Van Lysebeth



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