O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, julho 29, 2016

URGENTE UM NOVO PARADIGMA PARA A PAZ NA TERRA


O MUNDO PATRIARCAL - e as mulheres cegas...

Eu tenho horror ao facto de as mulheres se aventurarem no mundo dos homens convencidas que serão valorizadas e aceites pelo seu brio e inteligência, pela sua capacidade de trabalho e sagacidade, quando a única coisa que existe de facto - muito subtilmente - é o aproveitamento do pendor maternal da mulher ou o pendor sexual e depois, na sequência, o seu linchamento seja sobre que pretexto for.

Essa é a realidade que as mulheres neste mundo - a selva consumista e falocrática - um Sistema opressivo da mulher e que a explora em todos os sentidos; mas essas mulheres as mais manipuladas elas não querem ver e isso porque por um lado estão assim formatadas e por outro sabem implicitamente que se não cederam ou não se submetam aos padrões e às regras dos homens, sabem se mais tarde ou mais cedo não forem "ao castigo" (não tem premio), deixam de ter importância ou lugar dentro dele, são despedidas ou substituídas.
E é assim, tal como disse um amigo: "também não é menos verdade que muitas vezes são as mulheres que usando os seus atributos e predicados, se determinam a subir " na carreira na horizontal".... fazendo tábua rasa da sua dignidade." e com o que estou absolutamente de acordo...mas isso note-se faz parte do acordo tácito das mulheres para a sua sobrevivência dentro do Sistema - as que já sabem à partida como é...e estão dispostas a tudo para vencer "na vida" ou se vingar da sua "inferioridade" social...Isso acontece invariavelmente... seja no emprego, na política, nas finanças, nas artes ou na caridade...etc.
Estas são as mulheres que por norma seguem o padrão patrista...os valores dos homens e a sua ideologia...embora hajam outras que o fazem sem consciência e porque se sentem perdidas e acabam por cair na rede, senão mesmo das redes de algumas  Mafias etc. outras há que se deixaram simplesmente masculinizar e afastar da essência feminina. RLP

ASSIM, "A MASCULINIZIÇÃO DA MULHER - leva-a à insensibilidade e até à crueldade...por isso temos de abrir o coração...
Durante muitas gerações desvalorizou-se a forma de pensar e de sentir das mulheres, e até foram ridicularizado qualidades como a ternura, a intuição, a entrega e a comunicação, colocando-se num altar o controlo, a análise, a força e a competitividade. E embora o desenvolvimento do intelecto fosse e é imprescindível para nossa evolução, o levá-lo tão longe leva-nos ao desequilíbrio. A sobre masculinização leva-nos à insensibilidade, a qual pode chegar à crueldade e a perda de valores básicos e essenciais para uma vida saudável e feliz."*

E corroborando a ideia e a forma como as "feministas" em geral se afastaram da essência feminina direi como Natália Correia:


- “ACHO que não vale a pena a mulher libertar-se para imitar os padrões patristas que nos têm regido até hoje. Ou valerá a pena, no aspecto da realização pessoal, mas não é isso que vem modificar o mundo, que vem dar um novo rumo às sociedades, que vem revitalizar a vida. 
A mulher deve seguir as suas próprias tendências culturais, que estão intimamente ligadas ao paradigma da Grande Mãe, que é a grande reserva, a eterna reserva d...a Natureza, precisamente para os impor ao mundo ou pelo menos para os introduzir no ritmo das sociedades como uma saída indispensável para os graves problemas que temos e que foram criados pelas racionalidades masculinas.
É no paradigma da Grande Mãe que vejo a fonte cultural da mulher; por isso lhe chamo matrismo e não feminismo.
É aquilo a que eu chamo o cansaço do poder masculino que desemboca no impasse temível do tal equilíbrio nuclear que criou uma situação propícia a que os valores femininos possam emergir, transportando a sua mensagem.” **



** NATÁLIA CORREIA, in Diário de Notícias, 11-09-1983
(excerto de entrevista concedida a Antónia de Sousa)

*Fanny Van - in O ressurgimento de o feminino

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