O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, julho 07, 2016

Á PARIS...



NÃO SEI QUE DIZER, NEM O QU E SENTIR...


...quando por detrás de toda esta loucura e pobreza, por detrás desta alienação humana de um alto propósito, de uma História, de uma Grandeza, uma Nação inteira grita envolta na sua bandeira, embriagada pelo sonho de ver a Pátria em glória - mesmo que essa glória seja rasteira, básica e lúdica, que revela o mais baixo da crença do ser, afinal aquilo a que se reduziu um povo - há restos de  nobreza  na alma desse povo, como se estivéssemos perto de vencer...não sei o quê.
Por uns dias Portugal volta a ser grande e milhares senão milhões de portugueses espalhados no Mundo sentirão essa vã glória de se sentirem irmanados por algo. Sim, os emigrantes sentem esse IMENSO ORGULHO - todos os dias ferido - pela humilhação e rebaixamento que sofrem no trabalho mais pesado, o mais baixo salário ...
Sim, no mínimo, penso, vingam-se os portugueses emigrantes em França, Inglaterra, na Suíça, na Bélgica na Alemanha...e no mundo inteiro, deixados à sua sorte por dirigentes corruptos e elites dominantes que exploram e reduzem o Pais  à miséria e ao deficit...etc. etc.
rlp

2 comentários:

Giuseppe Pietrini disse...

Vingança que a acontecer no seu máximo expoente será de qualquer modo muito efémera, digo eu...

E de quem será, afinal, que os portugueses se deveriam vingar?... Dos países e povos que os acolheram e onde só não se integram se não o quiserem? Ou do país que os despreza porque não pode, não sabe ou não quer cuidar de todos os seus filhos cidadãos por igual?...

Parabéns pelo post. ;-)
Giuseppe

Giuseppe Pietrini disse...

Aqueles homens que são criados ou pedreiros e as mulheres domésticas ou porteiras em França seriam a mesma coisa aqui em Portugal, se ao menos houvesse uma classe média que se pudesse permitir ter ainda criados(as)... E bem mais mal pagos.

Mas há aqueles que conseguiram apesar de tudo ultrapassar esse nível em França. Coisa que muito mais dificilmente o conseguiriam fazer na Tugalândia, digo eu...

Se a final fosse contra a Alemanha, lá teríamos de os deixar ganhar, para não vir por aí esse horrível papão das ditas sanções, essa coisa que inventaram há uns poucos de dias para nos amedrontar.

E para acharmos que a austeridade que por aí virá depois até nem é assim tão má quanto se esperava. É assim hoje em dia que se faz política.

Bom, mas a final é contra a França. Menos mal. Os jogadores portugueses já estão habituados a perder com esta besta negra deles. Já fizeram a sua parte, também. E seria deselegante estragar a festa na casa dos outros, como os gregos fizeram a nós, esses malandros.

Nós não somos os maiores. Ninguém o é. Todos caem, mais dia menos dia. E se for a vez dos franceses cairem no domingo, nós vamos continuar a não ser os maiores.

Só espero que a loucura colectiva que se abaterá sobre todos em qualquer dos casos não faça muitos danos...

Beijim! ;-)
Giuseppe