O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, junho 21, 2016

MULHERES E HOMENS



DOIS EXCERTOS...

(...)
"Mulheres e homens em todo o mundo estão, pela primeira vez em grande número, a desafiar frontalmente o modelo de relacionamento humano macho-dominador/fêmea-dominada que é o alicerce da mundivisão dominadora. Ao mesmo tempo que a idéia da “guerra dos sexos” está a ser denunciada como uma consequência deste modelo, está igualmente a ser posto em causa o seu resultado adicional de ver “o outro” como “inimigo”. Mais significativamente, existe uma noção crescente de que a ...consciência superior da nossa “parceria” global emergente se encontra integralmente relacionada com o reexame e transformação fundamentais, das funções sociais tanto das mulheres como dos homens."

In O CÁLICE E A ESPADA
De Riane Eisler


"Hoje acordei com esta impressão de que a vitalidade do nosso campo de significantes é limitada. Tal como uma árvore nasce, cresce e morre tenho a impressão de que a linguagem tem a mesma evolução e que as palavras que temos hoje – quase as palavras que somos – têm o tempo de vida da nossa permanência em certos planos de vibração.
Quando os homens* mudam de foco as palavras têm de evoluir com eles ou simplesmente desaparecem. Outros sons, outras partículas significantes virão. Mas o que é a evolução de uma palavra? Ou a evolução do acto de falar? (eu prevejo um renascimento tímbrico, um renascimento mantrico na nossa oralidade colectiva)"

andré louro de almeida

* E as mulheres pergunta-se? Será que nessa mudança da oralidade colectiva a mulher aparece expressa em vez de aglutinada?

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