O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, janeiro 20, 2016

NASCER DE SI...



A NOSSA MÃE...

“A mãe é tudo na vida. Ela é o consolo na tristeza, o socorro na dificuldade, a força na nossa fraqueza. Ela é a fonte de toda a ternura, da amizade e do perdão. Aquele que é privado da sua mãe perde um coração para o suportar, uma mão para o abençoar e olhos para o proteger…
Tudo na natureza fala da nossa mãe. O sol, mãe da terra, abraça-a, alimenta-a como seu calor, ilumina-a até ao seu crepúsculo, embala-a para ela adormecer ao ritmo das ondas do mar, dos cantos das aves e dos rios. A terra, mãe das árvores e das flores, fá-las nascer, alimenta-as com a sua seiva e, por sua vez, estas tornam-se mães ternas para com os seus frutos suculentos e as suas sementes vivas. A mãe de todas as coisas é a alma universal, eterna, repleta de beleza e de amor…
(…)
A palavra “mãe” esconde-se nos nossos corações como se esconde o núcleo no fundo da terra e aflora aos nossos lábios tanto no momento da maior dor como no de alegria, tal como o perfume que a rosa exala na atmosfera mais pura ou pluviosa” in Les Ailes Brisées – Khalil Gibran

MAS QUANDO A NOSSA MÃE NOS FALHA...

"O remédio está em obter cuidados de mãe para nossa própria mãe interna. Isso se obtém com mulheres reais no mundo objetivo que sejam mais velhas, mais sábias e que, de preferência, tenham sido temperadas como o aço. Elas se tornaram calejadas por terem passado por tudo o que passaram. Independente do custo, mesmo agora, seus olhos vêem, seus ouvidos ouvem, suas línguas falam, e elas são gentis. Mesmo que tivéssemos a mãe mais maravilhosa do mu...ndo, ainda poderíamos acabar tendo mais de uma. Como muitas vezes disse às minhas filhas: "vocês nasceram de uma mãe mas, se tiverem sorte, terão mais de uma. E entre todas elas encontrarão quase tudo que precisarem". Nossos relacionamentos com las todas madres, as muitas mães, serão com maior probabilidade relacionamentos permanentes, pois nunca passamos da idade de necessitar de orientação e conselho, e isso também não deveria ocorrer, a partir do ponto de vista da profunda vida criativa das mulheres"

Clarissa Pinkola Estes

Sem comentários: