O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, setembro 24, 2015

SACERDOTISA DE MIM...



CARTA À MINHA ALMA

Minha alma estou a caminho de casa...
Me arrisquei em precipícios de vícios
achando que não arriscar é não viver
Me apeguei a vida com paixão
Para todas formas te manter em mim
Para te amar no silêncio do entardecer
Para me entregar á vida achando que era voce
Me sinto menos dependentes de mapeamentos
Sou também agora mais coração
Mais afinada a tua estação
Ouso embarcar em meus instintos
Quando é seu o chamado
Mas parto também, assim que de repente
E percebo que o caminho foi longo
Estou a caminho de seu encontro
E o lapidado é mais memória
Sinto meu ofato lúcido
Minha audição com menos ruídos
Minha voz mais soldada
Meu tato menos esquecido
Meu corpo semi-embriagado
Serei sempre assim
Fiel aos seus chamados mais profundos
Sacerdotisa de mim
E sempre voce até o fim.



fátima bittencourt
(via teresa horta)

Sem comentários: