O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, junho 11, 2015

SOFIA - A ESSÊNCIA SUPREMA


SOFIA, A ESSÊNCIA SUPREMA
IMPREGNADA NO INCONSCIENTE DO SABER FEMININO, EXPRESSÃO UNA DA DUALIDADE DA GRANDE-MÃE ...


" A duplicidade da Grande Deusa, como mãe e filha, pode modificar de tal forma sua ligação original e arraigada com o carácter elementar que ela também se torne uma espécie de Sofia, um puro espírito feminino, uma totalidade espiritual feminina em que já foi superado todo o tipo de peso e materialidade. Com efeito, ela então não só cria a terra e o céu naquela retorta que chamamos de vida, e não só é em si também a roda circular que gira dentro desta, como é a essência e a destilação mais sublimes em que a vida deste mundo é capaz de se transformar.
 

O Feminino-Sofia que atinge na forma da flor a mais sublime expressão de seu desenvolvimento, não desaparece na abstração nirvânica de um espírito masculino; ao contrário, seu espírito continua ligado ao fundamento terreno da realidade, como o aroma sempre está ligado á flor. Vaso da transformação, flor, Deméter reunida a Core, Ísis, Ceres, as deusas da lua, cujo lado iluminado supera sua própria escuridão noturna-todas são formas de expressão desta Sofia, a mais elevada sabedoria feminina..."


In A GRANDE MÃE
de Erich Neumann
(texto transcrito do livro por Mª de Lourdes de Oliveira Pinto)

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