O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, abril 07, 2014

ONDE LEVA O MEDO DAS MULHERES

 
 
A AGRESSÃO VERBAL E MEDIÁTICA ÀS MULHERES
OU O SEU DESPREZO INCLUINDO NO FACEBOOK, NÃO É SENÃO O MEDO ANTIGO DAS MULHERES:

“O medo das mulheres, ou ginofobia, é um mal bem conhecido que remonta de muito longe na história da criação. Deus, diz-se..., criou o homem à sua imagem. Mas seguramente não a mulher. Senão, ele não seria obrigado a renovar tantas vezes essa tentativa, criando tantos modelos de mulheres aberrantes, a acreditarmos nos múltiplos contos, lendas, mitos, midrashim e haggadah que, entre outros, nos transmitiram os Hebreus.” *

O que explica ainda que nos nossos dias a maior parte das aberrações sexuais do homem, assim como a sua misoginia, ou mesmo a violência doméstico seja baseada no flagrante exemplo das religiões que retiraram à Mulher toda a sua dimensão ontológica, como no caso da igreja católica, que retirou o poder a Maria Madalena, como discípula de referência e talvez  amante, para a transformar em “pecadora” substituindo-a unicamente pela Imagem da Virgem Mãe e da Deusa imaculada.
Daí termos uma humanidade infantilizada e uma mulher amputada de metade de si própria! Daí a agressão verbal contínua dos fanáticos e fundamentalistas a qualquer expressão diferente da liberdade da mulher na afirmação do seu ser original, até às mais leves e jocosas anedotas sobre as mulheres no mundo virtual!
É o medo das mulheres e do seu potencial reprimido que mesmo assim os assusta e faz atacar e destruir as mulheres por actos de violência gratuita ou pelo domínio económico, carros, jóias, etc. no caso dos mais ricos e moderados. Os mais pobres, limitam-se a bater nas mulheres ou a usar as prostitutas...a quem podem fazer tudo e pagar...ou não, porque afinal a mulher moderna   dos nossos dias, vai para a cama com quem quer e já nem precisa de ser paga.... é simplesmente usada...e deitada fora...mas ela oferece-se voluntária na busca do homem e do sapo que toma por um príncipe encantado...
rlp

*In LA DÉESSE SAUVAGE
de Joelle de Gavelaine 

Sem comentários: