O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, maio 29, 2013

Isto não é uma Burka…



ISTO NÃO É UMA BURKA...
...é a sugestão de uma coleira...uma corrente...
é um açaime...

Não, isto não é uma burka. Isto é a Moda Ocidental…e não é por acidente…
A Moda é a Burka da mulher moderna e ocidental que se julga muito livre e que pode escolher…mas a Moda…é de um modo geral, uma imposição social e económica com fins lucrativos e que sistematicamente, todos os dias e a todo o momento, lhe é imposta à força pela publicidade e pelos Media…onde a mulher é continuamente bombardeada e explorada nas suas fragilidades, frustrações e complexos, induzida a comprar a roupa e os cremes e também as “operações estéticas”, para ficar com as medidas certas, e que os estilistas gays fantasiam para as mulheres e que eles há muito, por ódio inconsciente e inveja, "mutilaram" e a quem “cortaram”, os seios as ancas e as nádegas…

Os seres que desfilam nas passerelles não são Mulheres…são travestis de homens, “mulheres meninos”, dizem-nas “andróginos”, mas estão muito longe de o serem…e o que elas reflectem é esse ódio inconsciente dos homens e o seu medo da Mulher autêntica, numa amostra de mulheres raquíticas, na anulação apagamento da mulher-mulher, da mulher que tem ventre, da mulher de seios abundantes, da mulher desmedida e forte e selvagem que nunca se submeteria a esses padrões de estética misógina… que as reduz a cadáveres ambulantes…

Assim, da mesma forma que a mulher oriental anda toda tapada de burka…as mulheres ocidentais andam quase nuas, “vestidas” ao gosto dos homens, como esta imagem, de açaime, e que as exploram em todos os sentidos e as desprezam tanto quanto os muçulmanos fundamentalistas, talvez estes até menos, às suas filhas e mulheres…Claro, dir-me-ão que as mulheres ocidentais não são apedrejadas…nem chicoteadas…em público, nem enterradas vivas por infidelidade…mas o que é afinal o feminicídio, a violência doméstica e o achincalhar continuo da imagem da mulher a todo o transe, nas ruas, na publicidade à cerveja…aos carros, na televisão e nos filmes e telenovelas?

O que é então a pornografia que expõe as mulheres à degradação dos instintos mais baixos, viciadas do sexo, em filmes de horror e mau gosto, e que ainda são exploradas ao vivo por máfias que as compram nas partes do mundo mais pobre e depois as vendem por toda a Europa, para o “prazer” dos nossos irmãos pais e maridos ou mesmo filhos?

Ah, eu sei, mulheres…vocês não querem ver a esta realidade…continuam a querer ser a mulher ideal dos romances de cordel ou a princesa dos contos de fadas, ou ainda “a prostituta” moderna… a doméstica convertida em fatal, com a ajuda da "mala vermelha"...ou como “a mulher de vermelho”,  aquele filme com o Richard Gere… ou outra treta qualquer…que nos impingem...
Porque isto, esta realidade está muito bem disfarçada e embrulhada de papel as cores estilo arco-íris, e é a nossa distração da nossa miséria diária  e televisiva...

Português:
AÇAIME: aparelho de couro ou de metal que se põe no focinho dos animais para não morderem ou comerem · mordaça.
FEMINICÍDIO: morte de mulheres pelos maridos e amantes.

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