O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, abril 26, 2013

igual a todas as mulheres...





UM FRAGMENTO DE MULHER...

"sou mulher e sou igual a todas as mulheres. como todas elas, não me fiz mulher, fiz-me uma outra coisa. não existo neste invólucro, sou apenas misturas trazidas até mim. nunca soube quem era, apenas que tinha esta vagina e estes seios. a minha cabeça, essa não me parece pertencer, tem outros juízos, aqui dentro, tão longínquos de quem verdadeiramente sou-mulher. sou retalhos numa tela de um pintor que me pintou e disse-me que, «esta era eu», feita e nascida do seu pincel. mas nunca a mulher real, aquela que nasceu comigo ao primeiro sopro e que foi esquecida.
....e, eu digo que, o meu nome é fragmentação, e, todos ficam chocados com esta barbaridade que profiro.»


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