O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, setembro 10, 2012

VIVER EM FUNÇÃO DO OUTRO


PORQUÊ O SOFRIMENTO INTENSO DA MULHER?

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Não há dúvida de que a mulher sofre de uma espécie de alienação congénita...uma espécie de paralezia da intuição...uma anulação do seu próprio sistema natural...um bloqueio da sua sensibildade profunda, uma formatação psiquíca que resulta numa desvalorização em termos de si mesma enquanto pessoa...
Sonhando e vivendo exclusivamente na quimera e no sonho desse encontro com o outro - uma programação celular - sem que nunca a sua vida seja colmatada por nada...
Senão fosse algo assim ela não projectaria a sua vida toda, tendo como única realização a paixão ou o amor do outro, do amante ou dos filhos, sem nenhum outro propósito, sem nenhuma auto-estima, sem nenhum outro sentido que não seja a sua própria anulação...


rlp

(a desenvolver)

2 comentários:

Anónimo disse...

Ah, como isto é verdade!
E quando não há o objeto de realização (homem ou filho), sente-se uma NADA!

Mesmo a mais "independente" das mulheres, uma "mulher de negócios" ou equivalente, é frágil e sente-se abandonada e só por não ter um homem.

Caso uma não se anule, é uma desumana, mau amada, uma histérica, uma frustada.

Quando somos inteiras, não há quem acredite sermos felizes, pois pra eles somos coitadas sem um homem.

ME disse...

Ainda hoje circulava no FB o desenho de uma pin-up dos anos 40/50, e a grande questão era como ter um corpo assim. E diversas mulheres descreviam exercícios, um homem opinava sobre a atração das pin-ups não residir tanto no corpo mas numa maneira de ser. Não havia qualquer comentário que demonstrasse espírito crítico, ou que questionasse o porquê de alguém dever, sequer, preocupar-se com o fazer-se à imagem e semelhança de uma fantasia de camionistas e mecânicos de uma sociedade extraordinariamente machista como era a que originou as pin-ups.