O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, setembro 28, 2011

DIZER O CORAÇÃO...


In A METÁFORA DO CORAÇÃO

E assim, o amor faz transitar, ir e vir entre as zonas antagónicas da realidade, penetra nela e descobre o seu não-ser, os seus infernos. Descobre o ser e o não-ser, porque aspira a ir para lá do ser e o não ser; de todo o projecto. E desfaz todo a consistência.
Destrói e dá nascimento à consciência, sendo como é a vida plena de alma. Eleva ao obscuro ímpeto de vida; essa avidez que é a vida no seu fundo elementar, leva-a na alma. Mas, ao mostrar a inanidade de tudo aquilo em que fixa, revela à alma também os seus limites e abre-os à consciência, fá-la dar nascimento à consciência. A consciência aumenta após um desengano de amor, como a própria alma se dilata com o seu engano.
Mas não existe engano algum no amor, que, por o haver, obedece à necessidade da sua essência. Porque, ao descobrir a realidade no duplo sentido do objecto amado, a consciência de quem ama não sabe situar essa realidade que a transcende. Se não houvesse engano não haveria transcendência, porque permaneceríamos sempre encerrados dentro dos mesmos limites. (...)

Maria Zambrano
***

Há em mim a Mulher, como género da espécie humana e há em mim o SER acima do género e da espécie...
Enquanto mulher eu luto por ser inteira e pela espécie ser mais humana...Como Alma que ama e anseia sempre mais, busco o Amor mais profundo e Universal e desejo fundir-me com O Todo que sou...

rlp

2 comentários:

Helena Felix (Gaia Lil) disse...

Muito lindo esse texto...Seu blog também, adorei está uma doçura este layot...Beijos

rosaleonor disse...

De vez em quanto é preciso mudar...e aqui o outono começou...aí a primavera!

grande beijinho para si!!!

rl