O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, agosto 24, 2011

A DIVISÃO DAS MULHERES...




Ontem no zapping habitual da noite... parei num canal em que estava a dar uma telenovela portuguesa...e o diálogo era entre duas raparigas que se prostituiam...uma delas às escondidas tendo um namorado "ingénuo" e a outra já estabelecida, descontraida e "assumida"...Isto passa-se supostamente no Alentejo antes do 25 de Abril...
E eu estive atenta ao diálogo entre as 2 mulheres...e uma dizia à outra, à rapariga nova na cena..."mas tu pensas que homem algum te vai perdoar se casares com ele e ele souber que eras put...ou se fores com ele a passear um dia na rua e um cliente te fala e ele vem a saber. Não, nunca nenhum homem conviverá bem como isso nem o tonto do Caracol...Tens que esquecer o casamento e os filhos. Uma vez caida nesta vida é para sempre..." etc.

Enfim...não creio que este diálogo escrito por não sei quem...esteja muito longe do que pensam as mulheres e os homens comuns acerca das prostitutas...e se há intelectuais ou pessoas que mentalmente se julgam mais livres e abertas e não vêem já as coisas dentro destes padrões tão estreitos, há uma realidade e um fundo inconsciente até, onde as coisas se passam assim mesmo. Conheci mulheres de um nível económico e intelectual -cultural-social mais elevado, que quando a mulher se volta a apaixonar por outro homem ou casar e se divorcia...qualquer um deles...não só o ex. mas o actual à primeira desavença trata-a logo como uma puta...

Que mulher nunca sentiu essa ameaça na pele?
rlp

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