O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, março 01, 2011

As nossas raízes pagãs, o nosso fogo interior…


A Deusa Brigit
O seu nome significa "flecha de poder".
Brigit era chamada A Poetisa.
Brigit tinha uma ordem dedicada a ela, formada só por mulheres, em Kildare, na Irlanda, que se revezavam para manter o fogo sagrado sempre aceso. Deusa do fogo, da fertilidade, das lareiras, de todas as artes e ofícios femininos, agricultura, criação de gado, curas, medicina, artes marciais, inspiração, aprendizagem, poesia, adivinhação, profecia, amor, feitiçaria, ocultismo.

Precisamos de encontrar a nossa origem cultural, as nossas raízes pagãs, o nosso fogo interior…


- Acordei hoje a pensar com profundo desgosto e cólera – sinto que me torno mais radical à medida que envelheço... - em como as mulheres perdem a sua beleza interior por medo de si mesmas e das outras mulheres, por medo de se olharem nos olhos e tocarem...
Em como essa Grande Magia Feminina se perdeu no medo, na obsessão do sexo (do falo) e do poder, sem saberem da separação do seu ser essencial. Só a Alquimia das mulheres unidas e em círculo permitirá de novo essa Magia...
Os patriarcas sabiam...por isso as dividiram em dois seres inimigos dentro delas mesmas...mulheres cindidas, nascidas a odiar a Mãe, a Velha e a Sábia para competirem umas com as outras pelo poder do dinheiro e do homem...eternas mulheres-crianças... perdidas de si e da sua beleza interior...doentes e mentirosas...servas do Sistema que as mutila e as torna meros objectos sexuais...barrigas de aluguer...vendendo filhos para a guerra...

O poder espiritual da Mulher está no seu Útero, que a liga às forças telúricas; são as suas raízes na terra, através do seu poder interno que se estendem e a ligam ao céu e ao Cosmos...Sem essa ligação entre o que está em baixo com o que está em cima, a Alquimia do Ser não se realiza. Por isso o homem precisa da mulher com a mulher precisa do seu dom de criação...o mais é desvirtuar a essência das coisas, é alienar-se dos fundamentos da vida. A mulher só é um Pilar da construção do novo mundo se estiver unida ao seu ser essencial. E só assim o homem também poderá ser o outro pilar...

rlp

2 comentários:

Anónimo disse...

Estou visitando o seu blog. Estive por quatro anos na "religião do deus pai", de onde saí concluindo que eu era muito "feminista" para uma religião predominantemente machista. Um "deus-homem-úni8co" não pode mesmo compreender, daí, importar-se com as necessidades de mulheres como eu.
Li sobre neo-paganismo. Adoro o filme "As Blumas de Ávalon", etc... Mas concluí que eu era demasiadamente pouco feminista para o culto á Deusa. embora, confesse, ser Ela muito mais capaz de confraternizar-se com minhas necessidades.
Moral da história; estou me convencendo que melhor faço é retornar às minhas antigas concepções religiosas, que chamo "Minha Religião" ou Minha vocação religiosa, apesar de afastada há mais de doze anos. Única onde me inicie!
Motivo: Nem o feminismo, nem o machismo, o segredo está exatamente em superperar as rivalidades, a tendência a se continuar mantendo a "guerra dos sexos", coisa para as eras antigas e imaturas da humanidade. O segredo está no equilíbrio necessário entre o Feminino e o Masculino Sagrados.Minha Religião? Sou Nagô, e com muito orgulho! Onde Deuses e Deusas exuberantes convivem juntos, superando conflitos entre sí prá restabelecer o equilíbrio e a paz. Sou de Oyá, com Odé. Axé!

Anónimo disse...

Estou visitando o seu blog. Estive por quatro anos na "religião do deus pai", de onde saí concluindo que eu era muito "feminista" para uma religião predominantemente machista. Um "deus-homem-úni8co" não pode mesmo compreender, daí, importar-se com as necessidades de mulheres como eu.
Li sobre neo-paganismo. Adoro o filme "As Blumas de Ávalon", etc... Mas concluí que eu era demasiadamente pouco feminista para o culto á Deusa. embora, confesse, ser Ela muito mais capaz de confraternizar-se com minhas necessidades.
Moral da história; estou me convencendo que melhor faço é retornar às minhas antigas concepções religiosas, que chamo "Minha Religião" ou Minha vocação religiosa, apesar de afastada há mais de doze anos. Única onde me inicie!
Motivo: Nem o feminismo, nem o machismo, o segredo está exatamente em superperar as rivalidades, a tendência a se continuar mantendo a "guerra dos sexos", coisa para as eras antigas e imaturas da humanidade. O segredo está no equilíbrio necessário entre o Feminino e o Masculino Sagrados.Minha Religião? Sou Nagô, e com muito orgulho! Onde Deuses e Deusas exuberantes convivem juntos, superando conflitos entre sí prá restabelecer o equilíbrio e a paz. Sou de Oyá, com Odé. Axé!