O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, agosto 12, 2010

O SINAL EXTERNO DA BELEZA...

A ROSA



" O sinal da Terra está «crucificado» - da Terra, que é a cor e a beleza, e que com seus próprios elementos se crucificou, pois os braços da Cruz do Calvário são extensões dos da Cruz Cósmica que está contida no símbolo da Terra. E assim se veio a conceber esse símbolo de cinco elementos, ou pétalas, como sendo a Rosa, por ser esta flor o sinal externo da Beleza, e ainda o do Silêncio que está no centro da Beleza, e por ser a flor que contém em si os elementos do martírio ou sofrimento, que são os espinhos - elemento que não há em nenhuma outra flor das que possam simbolizar a Beleza. E por isso Àquele que foi a Rosa Crucificada, e em Si crucificou a Rosa, se impôs, em seu martírio, uma Coroa de Espinhos. E por isto se entende que esse elemento de cinco partes, que está crucificado e quebrado, é uma Rosa; e o símbolo cristão completo e final é o símbolo da Rosa-Cruz."


Fernando Pessoa

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