O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, junho 30, 2009

OS JARNIDEIROS/as do amor...

- Mensagem reconfortante deixada pela "Alta Sacerdotisa" Gaia Lil

(...)"Um texto anônimo da Tradição diz que cada pessoa,em sua exitencia, pode ter duas atitudes:
Construir ou Plantar. Os construtores podem demorar anos em suas tarefas mas um dia terminam aquilo que estavama fazendo. Então param, e ficam limitados por próprias paredes. A vida perde o sentido quando a construção acaba.
Mas Existem os que plantam. Estes à vezes sofrem com tempestades, as estações, e raramente descansam. Mas, ao contrário de um edifício, o jardim jamais pára de crecer. E, ao mesmo tempo que exige a atenção do jardineiro, também permite que, para ele a vida seja uma grande aventura.
Os jardineiros se reconhecerão entre si-porque sabem que na história de casa planta está o crescimento de toda a Terra."

IN Brida,Paulo Coelho

Hoje eu tive um sonho muito curioso:
Estava no estrangeiro e me sentia um pouco perdida. Não sei que língua se falava nesse país, mas de repente encontrei um mulher negra magnífica, toda vestida de amarelo e que veio ao meu encontro e me abraçou...falava português com sotaque...era brasileira e eu disse-lhe: que bom falamos a mesma língua! e daí expressámos ambas uma espécie de alívio pelo consolo da língua comum e eu começo a sentir um grande conforto nesta língua Mãe...como se ela fosse abençoada...ela riu-se muito e eu acordei...
Será que tenho uma Mãe de Santo brasileira que vela por mim e eu não sabia?
rlp

COMENTÁRIO:

Quem sabe Rosa?
O que eu sei é que o amarelo é a cor da da Deusa do amor a,a Deusa Oxum. Sempre me disseram que um dos meus orixas era Oxum a Deusa do prazer e do amor, pelo meu jeito feminimo.Que seja então a Deusa da beleza e do amor a nossa guia estes dias. Sofremos muito e merecemos o prazer infinito da Mãe.
Beijos pra você

PS: sonhei com uma bruxa outro dia...Ela tinha um espelho e era velha. Ficava jovem e bela quando queria e quando sentia vontade seria velha de novo. Creio que não abria mão da sabedoria da velhice.

(Gaia Lil)
*
Queria agradecer-lhe as suas palavras e ainda dizer-lhe que na sua idade e na fase que atravessa, tal como eu na idade que atravesso, à distância de quase 40 anos, são fases de transição, que como todas as transições entre as idades, como entre as estações, que trazem a mudança, fazem-nos sofrer… Assim como as plantas que nascem, ao romper a terra sofrem para vir à superfície e dar fruto…
Sim, também nós sofremos para acedermos a planos diferentes de consciência... com consciência!
Você, na juventude, em mutação, eu a entrar na velhice, sofremos as mudanças inerentes às fases da nossa vida, mas eu já sabendo que nada se perde e se calhar você não…Por isso lhe digo: Tudo o que vivemos profundamente dá-nos mais conhecimento. E não tema o sofrimento porque ele é natural e não há ao cimo da terra nada que não esteja sujeito a ele.


O SOFRIMENTO não é o que as pessoas cheias de medo de viver e amar pensam que é...O sofrimento não é aquele sofrimento estúpido e inútil do castigo ou da penalização pelos nossos actos, do medo do pecado ou do inferno, o sofrimento que os homens se infligem uns aos outros, mas sim um "sofrer" (sofrer o efeito de...sofrer um sentimento) que significa viver, passar por, aprender, e que é crescimento, que é o brotar de dentro para fora a flor do amor cuja semente germinou no nosso coração (ou no nosso ventre) e por isso se transforma em alegria…e prazer!
Há sempre essa dor no início no atravessar as barreiras, as resistências, nossas e dos outros, tal como é doloroso as vezes ficar no escuro uns tempos sem sabermos nada, mas toda essa dor do início que é esforço se transforma no seu oposto e vice-versa… Sem dúvida que sem o sofrimento do crescimento, sem o rompimento da casca nada nasce…nada se aprende!
Cavar a terra e plantar custa...faz-nos suar e traz cansaço....mas é grato quando vemos as flores a nascer...falando nós de jardineiros...


A ideia da felicidade permanente ou da alegria, ou da facilidade construída na negação desse esforço pelo nosso crescimento e tomada de consciência, que sempre dói pelo quanto temos de largar mão, é uma estagnação, uma alienação, uma mentira ou uma mera idealização…a criação de um mundo fictício onde não há consciência nem responsabilidade. E onde as flores são sempre de plástico...
Não se deixe enganar pelas facilidades das teorias de um mundo cor de rosa…eu não defendo a dor, nem nego o prazer, nem sou masoquista, mas sei que nada se constrói sem trabalho e esforço e só depois disso a alegria e o prazer vêm, e esses são consistentes…são a conquista de um caminho percorrido, de um trabalho feito, são o fruto da nossa própria consciência baseada na experiência e não nas promessas de uma nova era fictícia onde tudo acontece por milagre e todos estão lá sem qualquer trabalho ou maçada… basta-lhes copiar ou repetir os mestres como os papagaios fazem e cantam que amam e tem paz…

rlp

“É impossível pensarmos nas adjurações da sabedoria alquímica que introduzia igualmente a fisiologia no coração do conhecimento: Não aprender, mas sofrer. Ou uma formulação latina análoga Non cogitat Qui non experitur “ *

Marguerite Yourcenar (in Mishima ou a visão do vazio)

1 comentário:

Helena Felix (Gaia Lil) disse...

Quem sabe Rosa?
O que eu sei é que o amarelo é a cor da da Deusa do amor a,a Deusa Oxum.Sempre me disseram que um dos meus orixas era Oxum a Deusa do prazer e do amor ,pelo meu jeito feminimo.Que seja então a Deusa da beleza e do amor a nossa guia estes dias.Sofremos muito e merecemos o prazer infinito da Mãe.
Beijos pra você

PS: sonhei com uma bruxa outro dia...Ela tinha um espelho e era velha.Ficava jovem e bela quando queria e quando sentia vontade seria velha denovo.Creio que não abria mão da sabedoria da velhisse.