O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, dezembro 14, 2008

A GRANDE MÃE TERRA



"Diante das cavernas, à luz pálida do luar, os homens do princípio dos tempos se reuniam reverentes, acendiam fogueiras e cultuavam a Grande Mãe Terra. Encontravam nela proteção, alimento e amor.

Durante centenas de milênios, muitas civilizações vieram e passaram... De algumas poucas restam desgastados monumentos, de outras, ligeiras lembranças escondidas em lendas e mitos... Porém, da grande maioria só chegou até nós vagas memórias genéticas, passadas de pai para filho como um grande eco a ressonar nas regiões mais profundas do inconsciente.

Cada uma destas civilizações teve seu meio próprio meio de expressão, sua forma específica de ser, seus objetivos, sua cultura, seu sistema de vida. Mas em todas elas o culto a Mãe Terra se manteve presente, por mais diferentes nomes fosse ela conhecida, Gaia, Teia, Pachamama, Babalon, Isis, Mãe Maria, Ishtar, Mariah.
Algumas vezes, como na Idade Média, seus cultuadores foram seriamente perseguidos, presos e massacrados. Mas, talvez por ser como uma erva que acha sempre um meio de nascer e vir à luz do Sol, mesmo que seja num pátio asfaltado de estacionamento de um supermercado, o culto a Grande Mãe nunca morreu completamente, voltando sempre e sempre... Trazendo consigo sua mensagem de aceitação, renovação e crescimento. Por isto, muitas vezes, é confundido como um culto feminino, pois ele traz em si o poder do recolhimento silencioso, da gestação materna, da criação da nova vida e do cuidado amoroso durante crescimento, entregando confiante ao mundo o fruto de seu ventre, até que um dia venha a retomá-lo em seu seio, para o longo sono dos imortais.
A Doutrina da Tradição guardou em seus tesouros de conhecimento uma série de ritos e práticas buscando fazer uma sintonia maior com a Grande Mãe. Os que têm acesso a este conhecimento e os colocam em prática, conseguem para as suas vidas proteção e fertilidade, que juntos formam a prosperidade serena."
(...)
Por: Arsenio Hypollito Junior.

2 comentários:

josaphat disse...

Bonito, Rosa.

Anónimo disse...

Obrigada meu amigo
rleonor