O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, agosto 27, 2008

...eu penso porque sinto...


Às vezes penso em tudo o que devia ter sido e não foi, em tudo o que podia ser ainda e não é…no amor e suporte que devíamos entre nós humanos partilhar, que deviamos ter tido dos pais em crianças e não tivemos, em tudo o que de legítimo podiamos ter possuido e não possuímos…na compreensão de que tanto precisávamos na adolescência e não tivemos, na ternura e na palavra afectuosa no momento certo e que em vez disso tivemos… um insulto ou um rotundo não…da mãe, da irmã ou do pai…da amiga especial…e nem o professor estava lá…
Tanto abandono, tanta rejeição…e aquela primeira e grande brutal desilusão…

Tantas feridas ao longo da vida…tantos desencontros, tantas tristezas, choques e inseguranças, tantos equívocos…

Eu falo das mulheres aqui é certo como as mais afectadas, mas eu sei que tudo isso é comum aos homens e sei também do seu sofrimento neste quadro humano, psicológico e social e apesar de serem os preferidos, as mães castram-nos e os pais querem-nos heróis…
Sei sobretudo como eles foram tratados e empurrados para o isolamento, a força, a violência e a guerra…mas meus amigos aqui eu trato só este lado…o lado feminino da humanidade…o que falta para que a mulher seja mulher e o homem seja homem e a Humanidade ame a Terra onde nasce e morre e em vez de Guerra conheça e estabeleça de vez a Paz dentro de si mesmo e no Planeta…

Ps.
Dizem que os anjos não têm sexo, mas a sua energia é, dizem, feminina…assim eles podem curar as nossas feridas e disso eu tenho prova…os anjos são mães também...
Quanto ao Freud ele só teve um complexo ele próprio…o do falo…logo existo...ou nem isso!

4 comentários:

Sirius disse...

Embora concorde que em muitos momentos fazemos a vida dura, muito dura...temos tantos outros gratificantes...vc deve tê-los muitos , ao escrever, ao receber, retornos..ao encetar esta árdua proposta e fazer com que os outros vibrem e despertem....
Nos momentos em que olho as cicatrizes...tenho abanado a cabeça e pensado ...deixa estar...vivi....

beijos

Anónimo disse...

PARABÉNS por este sensato post.

Anónimo disse...

Sem dúvida que há momentos gratificantes na vida, mas infelizmente o que nos marca, magoa e fere, são os máus...ou porque talvez fosse suposto os e«seres humanos tratarem-se mal...no entanto aprendemos através do sofrimento desde que ele não seja inútil...

abraço

rosa leonor

Anónimo disse...

obrigada pelo seu sentir...

abraço

rosa leonor