O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, maio 06, 2008

QUE MULHER SOMOS?

"A mulher, mais do que o homem, é capaz de prever o curso dos factos e de dar conselhos, no sentido de harmonizar a conduta humana com o destino. Essa é a razão da sua invulnerabilidade e da sua santidade sacerdotal, como pode ser provado entre os címbrios. É desnecessário repetir as palavras céleres de Tácito sobre o sanctum et providum das mulheres germânicas... Essa postura foi mantida no norte até o cristianismo começar a perseguição às videntes, por considerá-las feiticeiras..."

E. Neuman

AS MULHERES LUTAM PELOS SEUS DIREITOS, direitos cívicos, sexuais, maternais e económicos, lutam contra a volência doméstica, contra a descriminação social, mas esquecem que a essência da sua luta não pode ser isolada da Terra nem da Consciência da sua Natureza profunda, intrínseca...

As mulheres esqueceram essa sua capacidade de mediuns, de prever o curso dos acontecimentos, de sentirem as sua entranhas, porque perderam a ligação com a terra e com o seu sangue, com o seu útero...

As mulheres erguem uma voz que não é verdadeiramente a sua e querem-se impor numa sociedade que as não aceita na sua verdade, que rejeita a sua capacidade de se dar como mulheres, porque as querem iguais aos homens ou como eles as vêm e elas aceitam as suas leis pois já esqueceram há muito o seu Dom inato de curar, o seu dom de amar. E tal como os homens elas pensam que é só lutando pelas suas causas sociais que vão chegar à igualdade...e não se trata de igualdade, mas de diferença e é essa diferença que se devia afirmar para poder Ser Livre e autêntica e poder assim harmonizar a conduta humana com o destino de toda a Humanidade. Para que a mulher seja ela na sua integralidade, na sua verticalidade. Para que se cumpra em si mesma antes de se afirmar, ela tem de juntar os seus pedaços...
A mulher moderna, intelectual, activista dos direitos humanos, está longe dessa sua essência e não vê como foi destituida por séculos de História e de lógica masculina do seu poder inato de vidente e sacerdotisa do amor...Ela não vê que se tornou masculina também...e que nega a Mulher em si mesma. Ela está à vontade nessa pele que toma por verdadeira...Ela julga que fugindo à sua natureza profunda é livre como os homens...livre para competir, para pegar em armas e matar..
Para as mulheres materialistas dialéticas, ou muito espertas que se julgam na vanguarda da sociedade e defendem as causas inclusivé das outras Mulheres, esquecem que a mulher está cindida em uma metade de si, dividida em duas, e sempre em conflito consigo mesma! Querem acabar com a violência doméstica mas elas próprias acabam por estar umas contra as outras...e minam todas as tentativas de chegar a algum lado. O ciúme a inveja os preconceitos, a raiva e o ódio, é comum entre as mulheres mesmo as mais inteligentes. Porquê?

As mulheres racionalistas-intelectuais, que reprimem as suas emoções não querem ver nada disto e optam por se impor ideias desligadas da sua realidade interior e psicológica, não vendo a sua fragmentação nem querendo ver porque estão doentes continuando a enganarem-se a si próprias...rlp

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