O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, maio 24, 2008

CÍRCULOS SAGRADOS...

Círculos de Mulheres podem ser vistos como um movimento evolucionário e revolucionário que está escondido por trás de uma imagem aparente: parece ser apenas um grupo de mulheres reunidas, mas cada mulher e cada Círculo está contribuindo para algo muito maior.”(Jean Shinoda Bolen em O Milionésimo Círculo)

“Estar num círculo é uma experiência de aprendizagem e crescimento que aglutina a sabedoria e a experiência, o compromisso e a coragem de cada mulher que o compõe".

“O Trabalho num Círculo de Mulheres pretende ser uma oportunidade para reafirmação do Eu, focando qualidades especiais que afloram a feminilidade, a sensualidade, a auto-estima e a espiritualidade.”

"Produzimos juntas uma alquimia que transforma e purifica, mostrando lentamente o nosso verdadeiro ser e a nossa função sagrada feminina. Nesse efeito de irradiação, nós mulheres vamos transformando as nossas vidas, as relações e o mundo, respeitando a nossa força feminina e sintonizadas com a sua forma acolhedora, fertilizadora, cíclica e receptiva de ser".
(Nana Calado)
UMA RESPOSTA POSITIVA DA LUIZA FRAZÃO...
*
Minha amiga, como deve ter visto, publiquei anteriormente o seu comentário e escrevi uma coisa bastante pessimista...a verdade é que tenho tentado criar um grupo de mulheres interessadas na Deusa sucessivas vezes e sempre falhou. Desde há muitos anos que o faço e por mais que tente nunca o grupo ganhou consistência. Por isso, a minha experiência diz-me que as mulheres não estão motivadas nelas próprias e as que estão têm sempre razões e desculpas para não aparecer nem que seja num encontro por mês. Daí a minha resposta, mas eu podia ter sido mais positiva ou mais idealista se quiser e acreditar que ainda é possível criar em Portugal esses círculos...só não sei para quando. Sei que no Brasil já há imensos círculos a funcionar e com mulheres fantásticas mas por cá que eu saiba pouco ou nada.
É um esforço enorme lutar contra a maré do patriarcado...
E sabe, as mulheres portuguesas vão a todo o lado… Alimentam maioritariamente todos os grupos de busca espiritual, new age, estudam astrologia, numerologia, acupunctura, radiestesia, dão massagens ayurvedica, fazem Reiki e tantos outros métodos alternativos, mas se se falar em encontros no feminino já não aparecem...Parecem que temem ser suspeitas...
Eu vejo que as mulheres em geral têm medo de que as julguem feministas…ou lésbicas…
Querem parecer livres e iguais aos homens…evoluídas e emancipadas; querem ser espirituais ou querem ir para a guerra e pegar em armas…ser deputadas, ministras e presidentes, sempre do lado da ordem estabelecida mas desprezam as mulheres que mostrarem a sua “fragilidade”. AS que afinal denunciam as suas emoções recalcadas e riem-se das que ajem pelo coração porque as espelham naquilo que elas têm tanto trabalho para esconder sempre a fingir que são fortes e capazes de vencer todas as batalhas… são sim capazes de tudo, e de muito mais, com grande grande sacrifício e coragem, mas olhar para elas de caras ou no espelho, isso não…só com maquilhagem…ou um sorriso de escárnio...porque no fundo no fundo continuam a ter medo delas próprias...
rlp

3 comentários:

Anónimo disse...

No Brasil, nem todo movimento dos tais círculos podem ser verdadeiramente considerados... desculpa se digo isso... mas, na verdade, muitas pessoas buscam isso apenas como mais um modismo... como foi em tempos, deixar a igreja católica pra integrar os cultos evangélicos, depois voltaram pra igreja católica, já carismática... e agora se dizem pagãs... apenas pq está na moda, assim como tbm esta na moda por aqui, ser lésbica ou bissexual...
Infelizmente não vejo nenhum aprofundamento nestas questões, apenas preencher um requisito na lista masculina, que deseja "transar" ao mesmo tempo com duas mulheres...
A mulher continua à deriva...

rosaleonor disse...

Posso perfeitamente concordar consigo.Tudo isso também é verdade cá como lá...não sei se vive em Portugal, mas parece conhecer o país...óu é portuguesa?
Principalmente concordo consigo quando diz que a mulher continua à deriva...longe dela mesma digo eu...que vamos fazer? Os círculos podiam ser a saída mas ele não acontece e mesmo que fosse moda apenas, poderia resultar no fim em verdade para algumas mulheres. Eu já fiz tantas tentativas e coloco aqui a informação dos encontros e qye eu saiba nem uma só pesoas apareceu como leitora...Há aqui um absurdo qualquer e qual é ele? É que este mundo é apenas virtual e quem escreve se esconde por detrás do ecran e não assume a sua realidade por qualquer razão, seja por perguiça seja por idiferença e afinal é tão mais fácil carregar no botão...

rl

Unknown disse...

Será que existe algum circulo de mulheres a trabalhar o sagrado feminino no Porto? Como contactar? Obrigada e Grata pelos teus textos