O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, abril 07, 2008

A título de emenda...

OS ARQUÉTIPOS FUNDAMENTAIS

A Deusa Mãe, como arquétipo, representa o princípio do amor cósmico telúrico, como a nossa mãe representa a nutrição e a dádiva de uma vida...Ela nos concebe e alimenta. Ela Providencia enquanto que o Deus Pai, como arquétipo, representa o céu e a vontade que sustenta e ordena a lei. A Mãe é a Terra e o chão que nos acolhe para a vida e na morte. São os dois polos da manifestação, dentro e fora do indivíduo. Os dois princípio juntos criam a harmonia universal.

A Obra alquímica culmina na união dois polos opostos complementares, na fusão do feminino e masculino; yin e yang para os orientais...eles estabelecem a harmonia do Tao...

O meu trabalho neste espaço e na minha vida, prende-se com esse sentindo iniciático e alquímico dando ênfase ao feminino em particular, porque a mulher e o princípio feminino foi anulado ou adulterado no mundo e por isso estamos a sofrer este estado de desarmonia humana e planetária.

Creio firmemente que se equilibrarmos os dois pratos da balança no sentido do equilíbrio da Justiça cósmica, esta deixará de ser cega e a humanidade poderá chegar a um estado de equanimidade. O verdadeiro sentido de justiça, que não existe neste mundo coxo, prende-se com esse equilibrio tanto interior como exterior porque a Verdade essencial só é tocada ou só se manifesta nessa harmonia dos princípios. Da mesma forma, activados os hemisférios esquerdo e direito, masculino e feminino respectivamente, também o indivíduo se equilibra e a verdadeira espiritualidade reside precisamente nessa consciência activada pelo desenvolvimento dos dois hemisférios.
Os nossos sentidos, virados para o exterior, desenvolvem o pensamento lógico e a razão, activando o hemisfério esquerdo, enquanto que a meditação, vai activar os mesmos sentidos virados para dentro e desenvolver o hemisfério direito, o lado da intuição e percepção extrasensorial.
A ciência fundamentada no conhecimento racional e lógico e baseada num desenvolvimento parcial do cérebro não pode ter acesso à sua totalidade nem à plenitude da sua Consciência, sem primeiro ter em conta o que as tradições mais antigas e menos dogmáticas, da Índia e do Oriente em geral, nos falam do que seja uma 3ª Visão, justamente a visão do centro ou o caminho do Meio...
Sem considerarmos Conhecimento profundo, nem ter qualquer noção do que seja a nossa respiração e o canal que a veicula, o Canal Shushuma, a essência digamos da nossa coluna vertebral, e que dá o sentido da nossa verticalidade, nem das duas correntes (Ida e Pingala) que fazem subir e descer a respiração como acto vital da existência e da consciência não saberemos que só esse equilíbrio nos permite atingir patamares de consciência superior ao trabalharmos esses dois lados do nosso ser concomitantemente. Considero por isso extremamente importante que o ser humano equilibre os dois polos do seu ser, dentro e fora de si e obtenha essa compreensão cósmica do Prana, energia subtil que nos alimenta e a todo o Planeta.

Creio no entanto que esse trabalho começa primeiramente com o ACORDAR desse feminino...tanto dentro como fora da pessoa. Porque nunca como hoje essa falta do feminino se reflecte na sociedade, em tudo e em todos, e porque ele nos faz falta essencialmente a cada um de nós, sejamos nós homens ou mulheres...

Por isso também é tão importante integrar e compreender os arquétipos: Deusa-Mãe e Deus-Pai. Não mais nem menos um do que o outro!

rlp

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