O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, abril 13, 2008

Mulheres sem identidade

«Michelet dizia no séc. XVIII que as feiticeiras eram muito importantes e que a Inquisição, queimando-as, deixou aldeias vazias. Muitas mulheres diziam ser feiticeiras não sendo, porque era uma forma de aceder a uma identidade própria»

Se no século XVIII as mulheres se diziam feiticeiras não sendo para aceder a uma identidade própria, no século XXI as mulheres dizem-se o que quer que seja que esteja na moda e até se prostituem para ter uma identidade...A única diferença é que a Inquisição já não as queima, mas não deixa de as estigmatizar ou perseguir através de uma intervenção "moral" e política nas leis do Estado seu parceiro. Veja-se a sua inquietação face à despenalização do aborto, veja-se agora face às possíveis alterações do divórcio...
O que os preocupa sempre é a ameaça da liberdade da mulher...e o medo que ela recupere a sua verdadeira identidade e estrague o seu trabalhinho de séculos de fogueiras...rlp

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