O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, março 22, 2008

A MULHER COMO VIA PARA O SER


"...Primeiro: o homem deve passar por ela para passar a Ser. A Mulher, toda a mulher, é a verdadeira iniciadora do homem, sua via para o Ser. Segundo: o sistema patriarcal privou o homem das mulheres verdadeiras, perigosas pela sua supremacia. Em resposta, a mulher deve tornar-se consciente da Mulher que nela dorme: já é tempo que ELA saia do casulo."


André Van Lysebeth

Se a Mulher não se tornar consciente dela mesma, se não acordar para o seu grande potencial ESQUECIDO como fonte de paz e equilíbrio, mediadora que é das forças cósmico-telúricas, a humanidade não será senão uma metade e não tem saída...

Se as mulheres não começarem a sentir por elas próprias, se não acordarem para a sua essência verdadeira, e não escutarem o seu coração inteligente dando apenas ouvidos aos seus desejos insatisfeitos e descontrolados, às suas emoções truncadas, às suas frustrações acumuladas, às suas lutas infrutíferas, sem ver a causa das suas feridas...nada será mudado. Se as mulheres não se aperceberem das verdadeiras causas da sua divisão interior e conflito pessoal, e lutarem apenas por uma afirmação sexual, social e económica, nada se pode resolver.

Sim, enquanto as mulheres não resolverem a grande ferida que é a sua cisão em duas, divididas nos vários estereótipos que a sociedade masculina lhes impôs como modelos a seguir e não juntarem todos esses fragmentos de si próprias, onde quer que se encontrem estarão sempre fracturadas, lutarão entre si e serão as eternas rivais umas das outras a começar pela própria filha ou mãe…
rlp

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