O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, dezembro 14, 2007

cuidado com o que se come...


"Era uma vez duas serpentes que não gostavam uma da outra.
Um dia encontraram-se num caminho muito estreito e como não gostavam uma da outra devoraram-se mutuamente. Quando cada uma devorou a outra não ficou nada. Esta história tradicional demonstra que se deve amar o próximo ou então ter muito cuidado com o que se come."
ANA HATHERLY

Normalmente e infelizmente as mulheres não gostam muito umas das outras...
Reflectem sempre a outra que lhes espelha o seu contrário reprimido ou rejeitado e assim em vez de se unirem e terem uma causa comum, elas preferem digladiarem-se consciente ou inconscientemente e terem-se sempre como inimigas...
AS mulheres estão divididas em si mesmas e como que não lhes resta outra alternativa viram-se contra a rival que é sempre a mulher oposta e acabam todas por serem engolidas pelo sistema que as mantêm na pura ignorância do seu ser verdadeiro. Mas a vida também não é fácil para uma mulher que procure vivenciar a sua totalidade...


“…é um facto que uma mulher que viva dentro de si a dimensão de um feminino apurado não convive muito bem entre homens misóginos que a olhem como se fossem uma "marylin Moore" e que prontamente se encontrarem uma porta semi aberta saltam com abutres, e às mulheres o mesmo acontece quando intuem na outra a força que elas negam. Muito poucas estão cientes da verdadeira natureza do que é ser feminino.
O percurso é longo, muito longo. Deveras longo, porque o labirinto em que está encerrada nesta sociedade não tem espaço para respirar, as teias são de tal forma letais que ao mínimo passo encontrará uma parede betão que não denuncia o tamanho da altura e nem a largura, e sorte de quem tem fio de ariana para conseguir vislumbrar uma minúscula luz algures e nenhures. " NSEEAO

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