O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, setembro 04, 2007

Igaci disse...

"Mas essa misoginia vem de longe, com os judeus que propagaram o culto ao deus-pai único, com os gregos que eram altamente misóginos e influenciaram os romanos que tornaram o cristianismo a religião oficial do ocidente. Não daria pra ser diferente com uma origem dessas.

Essa harmonia de que Agostinho fala é meio homossexual. Os gregos afirmavam que só o amor entre iguais era válido, referindo-se ao amor entre homens, que eles consideravam superiores por serem mais fortes e supostamente mais inteligentes. É claro que era um homossexualismo sublimado por conta do judaísmo abominar essa prática e os cristãos terem absorvido isso na nova religião. E por conta dessa 'amizade' tão harmoniosa entre iguais só restava mesmo á mulher o papel do demônio nessa história. "
Um abraço, Igaci

2 comentários:

Anónimo disse...

O pior de tudo é que existe ainda hoje uma fogueira queimando as mulheres mais livres, as não-santas, não-submissas... A fogueira continua ardendo e queimando as mulheres de todas as idades, raças, credos, profissoes, classe social... A fogueira do preconceito, da exclusão social, da discriminação, das oportunidades, da justiça social... da impunidade das violências, das mortes e das agressões, da ditadura da beleza, da magreza, do desprezo intelectual... A fogueira das competições, das guerras entre mães e filhas, entre sogras e noras, entre as esposas e as putas...
O fogo patriarcal anda aceso e muito... e todas nós saímos chamuscadas...
Qual a mulher que não sente o calor das chamas no seu dia-a-dia sempre que tenta ser diferente do padrão patriarcal?
Aff... tá calor aqui... rs...

rosaleonor disse...

Pois é Juliana: concordo inteiramente consigo, pena é as mulehres não percerem isso.

Abraço
rosa leonor