O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, setembro 20, 2007

a violência contra o corpo da mulher...


texto de Ana Matos Pires (in 5 dias - http://5dias.net/)

"Todas as noites faço a ronda rápida de final de dia pelos títulos da imprensa escrita que tenho na minha lista de favoritos. Ontem, quando entrei no Portugal Diário, dei com a notícia da morte da rapariga de 20 anos, estudante de Engenharia na Universidade de Coimbra, por “razões passionais” (odeio esta expressão!). Aqui ficam os dois últimos parágrafos do texto: “Em pouco mais de uma semana este é o terceiro homicídio passional. Esta quarta-feira, no Pragal, Almada, uma mulher de 50 anos morreu depois de ter sido atingida por três tiros alegadamente disparados pelo marido, na segunda-feira.
No passado domingo, nos Açores, a PJ deteve um homem de 29 anos por suspeita de ter provocado a morte da mulher, de 34 anos, depois de agressões graves e de «habitualmente a espancar».”
De acordo com a Amnistia Internacional, entre Novembro de 2005 e Novembro de 2006 morreram 39 mulheres em Portugal.(...)


COMO SALVAR A MULHER DA BARBÁRIA PASSIONAL?


NA UNIÃO DAS MULHERES BASEADA NA SUA UNIDADE INTERIOR...



a Juliana deixou um novo comentário na sua mensagem "vive la france...":


O pior espetáculo do Patriarcado é realmente este onde as mulheres lutam contra as mulheres... enquanto eles riem e dão baforadas no seu charuto...Só a conscientização da própria mulher de si mesma e de sua feminilidade e da outra mulher, sua irmã... só quando as mulheres se reencontrarem numa fraternidade, mães e filhas, sogras e noras, esposas e amantes, patroas e empregadas, ou seja, qdo agirmos politicamente(num sentido amplo, apartidário) em todos os setores da vida, privada ou social, a favor da mulher, só assim mudaremos qualquer coisa... só com muito amor e muita luz, pra curar as feridas de todas nós treinadas na competição umas com as outras... com a crítica seja a roupa, as rugas, seja o que for... Nunca será o homem a fazer essa mudança, essa mudança é feita por nós, mulheres, e é através do amor... não vejo outro caminho...

Que a Deusa nos ensine a amar mais as nossas amigas e irmãs... e assim, a mulher vai ser livre na sua fraternidade, na lealdade feminina... e eu espero viver isso um dia de forma mais concreta do que vivo hoje...


Por isso seu trabalho é muito importante RosaLeonor... foi vc que me ajudou a abrir a minha consciência para esse lado, e há muitas mulheres por aí, querendo essa conscientização mas não sabem... Um beijo doce...

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