O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, agosto 25, 2007

O LIVRO E A MULHER...



Fotopoesia é uma autobiografia caracterizada por um enorme carinho pelas pessoas. Cada fotografia de Isabel Ruth é acompanhada por um poema escrito pela própria. É um livro terno, onde acompanhamos a vida da actriz através da imagem e da palavra. É o livro de uma vida de afectos e de viagens, um livro de poemas escritos numa linguagem discursiva, directa e de comunicação enérgica. Mas uma obra que reflecte o seu mundo íntimo e que invoca de forma nostálgica uma postura e um tempo. Como bem escreve Urbano Tavares Rodrigues no prefácio, Isabel viaja pelo mundo e por almas, corpos, cidades embruxadas, Roma duradouramente, mas também Istambul, as mesquitas, o banho turco redentor, e pela Índia, lá e cá, pelo Nepal.
Uma estrada de memórias de meninice, a vida sentimental, os encontros com Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Morais, as muitas pessoas que se cruzaram com a mulher e com a actriz, o recordar os seus filmes e as vidas fictícias que assumiu intensamente …
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