O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, agosto 10, 2007

Cânticos místicos




A mulher como mãe amamenta o seu filho,
Como esposa, ela brinca amorosamente com o amor,
Como Maya*1 ela toma-nos a vida no fim -
E continua, em todas estas formas, a ser Mulher.
Shiva é difícil de tocar;
Atenta no que isto te ensina.


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No almofariz do coração moi o amor.
Sequei-o, tostei-o e comi tudo.
Assim, acabadas todas as minhas loucas paixões,
Sentei-me serena e imperturbável.
E, no entanto, duvido que possa saber
Se vou morrer ou viver
.*2


*1 Multiplicidade, Mundo, Ilusão
*2 Libertar do ciclo da vida e da morte

Lalla - nasceu e viveu em Caxemira, no sec. XIV

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