O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, abril 15, 2007

AINDA O “Crazy Horse” - um duvidoso cartaz (para gays?)

ESTE CARTAZ É REVELADOR DO DESEJO INCONSCIENTE DOS HOMENS...
DESEJO CAMUFLADO DE HOMENS E NÃO DE MULHERES.
"A MULHER" HÁ MUITO QUE SÓ SERVE DE CAPA...

“Sinónimo de beleza, estética, vanguarda e arte, o espectáculo da carismática sala parisiense chega, pela primeira vez, a Portugal. Criado por Alain Bernardin, "Crazy Horse" homenageia a beleza feminina, elevando a nudez ao estatuto de arte.” *

- Sinónimo de "beleza masculina", diria e não feminina, Beleza da mulher como objecto de exploração sexual e visual ao serviço do homem e nunca da própria mulher. Esta mulher é construida por homens ou por gays e não tem nada da mulher real!Essa beleza é apenas um estéreotipo...

“Considerado um classicista na modernidade, Alain Bernardin apresenta em "Crazy Horse" o ideal da beleza feminina, conceito que vai actualizando de acordo com a evolução ditada pelos criadores de sectores tão variados como a moda, cinema ou publicidade.” *
- De acordo exclusivo com a moda, e ditada(dura) pelos gays e outros sectores do patriarcado que impera nas artes e nos conceitos de beleza da mulher, sempre em função do seu imaginário e não da mulher autêntica. O "ideal de beleza feminina", é um ideal meramente masculino e resulta mais num insulto à mulher do que o seu elogio...
No "Crazy Horse não há lugar a retoques estéticos via cirurgias plásticas ou implantes de silicone. A identidade de cada bailarina é preservada do público através da adopção de um "nome de palco", que lhe garante uma determinada personalidade e papel exclusivo no espectáculo, e pela proibição de contactos e relacionamentos com elementos da audiência. "*
-Muito bem, não há toques (nas meninas) nem retoques de silicone, são imagens naturais de mulheres criadas por homens? como “gado de qualidade” (bem alimentadas e ginasticadas) para o palco de um público só homem, onde a mulher real não é achada para nada, nem nunca foi.
A identidade referida, das bailarinas, não existe, como não existe nas mulheres em geral, e estas em particular são "animais de raça amestrados" com promessas de gloria ao serviço exclusivo do mundo do dinheiro e do poder masculino, tal como em lupanares, bordéis ou haréns…tanto para nababos ricos como para mujadinis árabes na (vida) "privada"...?
O discurso em itálico é de um qualquer jornalista (público.pt)…que como qualquer macho pensa assim em nome da arte e da estética na sua visão redutora e machista da História!…
- A mim, como mulher, o que me cria sérias dúvidas é que este cartaz seja aliciante para verdadeiros homens…ou será em função do que os homens hoje em dia mais desejam? Não mulheres, mas mulheres em função erótica de homens?…
Por acaso a exposição do rabiosque (por mais perfeito que seja) da senhora é atributo do desejo pela mulher ou expressa muito estética e permissivamente o desejo pelo masculino? (de acordo com as suas afamadas escritoras-prostitutas a quem cedem entrevistas o que os homens gostam mais é de relações anais)

O que é que este cartaz insinua pois senão o desejo inconsciente que os homens cada vez mais têm, não de mulheres…mas de homens, disfarçando esse desejo em imagens de mulheres...A publicidade é eloquente exemplo disso...

* PUBLICO.PT
Não sou nem pretendo ser "espiritual" nem "politicamente" correcta!!!!

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