O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, janeiro 10, 2007

SIM OU NÃO?


(...)
"- Caso venhas a decidir votar SIM estarás a fazê-lo num referendo a favor da despenalização da IVG - e não a exigir, fora do tempo e do lugar, de supetão, a mudança radical do sistema estatal de saúde;

- Caso prefiras votar NÃO estarás a deixar tudo como dantes - sendo que as excepções agora (e então) legalmente permitidas continuarão a ser feitas na lógica do SNS, ou seja, pagas integralmente pelo dinheiro dos contribuintes;

- Do ponto de vista liberal, mais concretamente sob o prisma da utilização dos dinheiros públicos, a realidade pouco muda em qualquer uma das situações - o SNS continuará a existir, a funcionar mal e a privilegiar meia dúzia de bichos-da-fruta do sistema;

- Aquilo que realmente pode mudar, e muito, caso o SIM venha a ganhar é o fim de uma medonha hipocrisia social, que prefere que uma lei não seja aplicada desde que quase não se fale nissoque leva ritualmente a Tribunal 1 ou 2 casos por ano para aliviar a má-consciência e finge desconhecer as milhares de mulheres que, por razões financeiras ou outras, não conseguem ir ali ao lado, a Espanha, fazer em segredo aquilo que quase só aqui é considerado crime..."


IN bLASFÉMIAS

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