O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, abril 25, 2006



Ri-se a minha bruxa dentro de mim quando me olho ao espelho
e me pergunto o que faço eu aqui...

E o seu riso escarninho torna-se de súbito um cântico telúrico
nas vozes de milhares de mulheres que entrelaçando as mãos como raízes,
tecem os fundamentos da nossa Terra Mãe...


««««««««««««

Ó minha Mãe Terra...a nobreza de uma só árvore erguida para o céu
Ainda que prisioneira entre o betão o cimento e a pedra
Faz-me chorar pela imensa humildade que me espelha...
Assim possa viver eu, criatura urbana, presa às raízes do teu Ser amante.


R.L.P.

Sem comentários: