O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

UMA MULHER QUE ESCREVE BEM...

“Considerando-me uma muito sensitiva e liberta mulher na intimidade, repugna-me a ideia das manifestações de desejo em público. Por que terá tudo de ser tão banalizado, tão coisa pública, tão minimizador dos heróis por 10 minutos? Arraiais, feiras baratas, as manifestações públicas, tanto mais que sei de muitos pares em que um dos elementos só mostra calor humano em público, vivendo o outro à míngua de afecto, de toque, de noites de atenção exclusiva, de um sorriso cúmplice... Aprendi que quanto maior é a exibição, mais pobre será o desenrolar de qualquer acto mais íntimo... Não há fantasia, não há sensualidade, não há dádiva real. Fachadas, para impressionar a tribo urbana, diria, talvez, Desmond Morris.”

LIDO HÁ DIAS EMAZIMUTES

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