O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, novembro 23, 2005

O MEDO DA FALTA DE SEGURANÇA NAS MULHERES,
CRIA TODO O TIPO DE DEPENDÊNCIAS QUE ACABAM POR AS ANULAR


"É típico que as mulheres tenham medo de deixar morrer a vida confortável demais, segura demais. Às vezes a mulher se diliciou com a protecção da mãe-boa-demais, e por isso deseja continuar ad infinitum. Ela precisa estar disposta a sentir alguma ansiedade ocasional, ou então seria melhor que permanecesse no ninho.

Pode ocorrer que uma mulher tenha medo de não ter segurança ou certeza mesmo por um curto periodo de tempo. Ela apresenta desculpas em quantidade maior do que a dos pelos de um cachorro. Ela só precisa de mergulhar e ficar sem saber o que vem depois.
É a única atitude que irá recuperar sua natureza intuitiva
. Às vezes, a mulher está enredada sendo a mãe-boa-demais de outros adultos que se grudam às suas tetas e não pretendem deixar que ela os abandone. Nesse caso, a mulher tem de afastá-los com um coice e continuar assim mesmo."
(...)

"Há uma mãe selvagem à espera para nos ensinar."


“MULHERES CORRENDO COM OS LOBOS”
DE CLARISSA PINKOLA ESTÉS

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