O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, julho 27, 2005

A ORIGEM DA ALMA...

"É deveras estranho que tantas pessoas deixem de lado o problema da origem da alma humana unicamente por medo de estarem entrando numa região insegura do saber. [ ... ]Neste domínio, todo esforço para obtenção de conhecimentos é, simultaneamente, uma necessidade moral e um compromisso ético irrenunciável.



A actual configuração da humanidade não permite que se nasça com sentimentos fortes nem com um pensamento aguçado; por causa da alma da consciência, o homem nasce com uma natureza que implica a separação, o individualismo, o egoísmo e a solidão numa escala bem maior do que ocorria com a alma do intelecto ou do sentimento. [...] Cada alma enfrentará dificuldades no decorrer do quinto período pós-atlântico, pois a alma da consciência só poderá desenvolver-se quando passarmos pela prova de superar tais dificuldades.

O auto conhecimento é difícil pelo facto de o homem ser um ente tão complicado. E ele o é por ser vinculado a todos os mundos e seres superiores. O que existe dentro de nós são imagens projectadas do macrocosmo; a nossa organização, os nossos corpos físico, etérico e astral, bem como o nosso eu — enfim, os nossos membros essenciais —constituem mundos dos seres divinos.

O raciocínio puramente intelectual e materialista compraz-se em acreditar que não se pode penetrar no âmago das coisas senão por meio de conceitos abstractos; dificilmente admitirá que, para esse fim, as outras forças anímicas sejam pelo menos tão necessárias quanto o intelecto. Não se trata apenas de uma metáfora quando afirmamos ser possível compreender algo tanto com o sentimento e as emoções quanto com o intelecto.

Para o artista, todo o lado externo de sua obra tem de expressar o interior; no caso dos objectos da natureza o interior não coincide com a forma externa, e o génio humano tem de investigá-lo para chegar à sua cognição.
[... ]. Para as criações da arte não importa o que é, e sim o que poderia ser, não o real, e sim o possível."


RUDOLF STEINER(1861-1925)

TIRADO DA ORDEM NASCENTE

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