O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, dezembro 22, 2004



>A NOIVA PERDIDA

"Falámos de como a fé dos Templários, que celebrava o equilíbrio cósmico entre os opostos, foi inserida nas catedrais. As magníficas “rosáceas” de vitrais são outro exemplo do ressurgimento do feminino entre os desenhadores das igrejas medievais em honra da “Notre Dame”.
(...)
Apesar de a veneração da Noiva de Jesus Ter sido oficialmente suprimida pela Igreja Católica, os altares à Virgem Maria continuaram a florescer, atraindo peregrinos de toda a Europa. O culto do feminino consegue atingir a sua apoteose quando Maria foi nomeada Virgem Rainha do Céu. Mas enquanto Virgem Maria, adequadamente, representa o aspecto maternal do feminino, a doutrina da sua perpétua virgindade renega implicitamente o papel de Esposa. Por mais bela que esta mãe seja, é evidente que falta algo muito real e muito precioso na história do Cristianismo. Esse algo é a Noiva.”

- A Noiva que falta é mulher amante que a Igreja de Roma destruiu renegando e dividindo a mulher em duas fazendo cair sobre Maria Madalena a anátema da prostituta e desviando o seu culto inicial para o da Maria, Mãe Virgem de Cristo quando afinal se trataria da sua esposa e mãe de uma filha sua que salvaria o mundo...

(...)

Yosef ajuda a rainha a desembarcar.
Com as sandálias na mão,
Ela caminha pela água pouco profunda
Até às areia de cristal.
Magnífica, com a brisa a agitar-lhe os cabelos.

A sua filha está salva
E é livre, finalmente - assim como Marta e Lázaro.
Longe estão os terrores da tirania
E os caprichos do mar. A paz e a alegria rodeiam-nos.

Miriam olha com ternura para filha
Nascida no deserto do exílio.
“Chamei à minha filha Fora do Egipto”
Sara.
A escolha de Deus não fora um filho
Para pegar em armas,
Rebento da casa de David e da tribo de Judá,
leão para esmagar o punho brutal de Roma
E reclamar o trono real.
Não. Desta vez, Deus
Escolhera uma filha.


(...)
Maria Madalena e o Santo Graal
de Margaret Starbird

1 comentário:

Ná M. disse...
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