O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, agosto 31, 2004

OS GOVERNOS,
Os mídia e os repórteres:


“ABUTRES” da desgraça nacional!

São sete mortos. Sete mortos num acidente em Bordéus. Um acidente entre muitos, umas tantas mortes entre muitas, todos os dias, trágicas e absurdas, constantes, nas estradas, ou à fome no mundo inteiro e na guerra...centenas no Iraque...

Mas de repente surge um caso aparatoso e lá vão os vampiros todos sorver o sangue das vítimas e familiares, para viverem à custa das emoções mais VENDIDAS dos mais desperados. É deste caos organizado que são os Mídia, nesta tremenda mediatização da morte e da miséria que nos suga toda a VIDA, luz e esperança, tirando de um caso drástico, levado ao limite da exposição e exploração sordida dos pormenores dos mortes e dos feridos, que eles vivem e proliferam. Os novos deuses macabros da nossa desgraça.

Este foco exaustivo na morte por acidente a nível quase de tragédia nacional nos 4 canais, com discursos não menos “trágicos” e falsos, (igual o estilo no relato de futebol ou da guerra) rebuscados para axacerbar o sofrimento e a dor, com entrevista às famílias, com imagens prolongadas e sangrentas e repetidas dias a após dia...

Sim, até à saturação do público, durantes dois ou três dias para depois se esquecer tudo e voltar a uma nova tragédia qualquer, sempre igual e repetida, aprisionando as pessoas ao que há de mais miserável nas suas vidas e desviando toda a atenção dos vivos e das realidades que mais precisam de atenção e cuidado!

Mas não, eles não querem saber das pessoas vivas! Querem é sangue nas estradas e nas casas e no campo de batalha. È para isso que se fomentam as guerras e fabricam as armas e assim nos condenam a mortos-vivos...nas arenas do futebol ou nos campos de batalha onde só se vende a desgraça e o sofrimento.

Tanto é assim, que mal têm um pretexto mostram o seu instinto bélico, enviam militares ou a marinha de guerra para defender a “soberania nacional” de meia dúzia de mulheres que querem ajudar outras mulheres... dizendo-se preocupados com O “ABORTO”, quando não se importam nada com as centenas ou milhares de mulheres que vivem na miséria, que são obrigadas a prostituirem-se, que andam nas ruas a pedir com os filhos pela mão...e muito menos ainda se preocupam com as crianças vivas que se prostituem também ou que deixam na mãos de pedófilos e pais que as violam...

Tamanha hipocrisia é repugante e isso sim é “crime contra a humanidade!”
Os governos do mundo e os Mídea a mim metem-me nojo.


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