O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, agosto 16, 2004




Eu colhi a tua flor, ó Mundo!

Cheguei-a muito ao meu coração: e o seu espinho feriu-me.
Quando o dia declinou, sombrio, a flor murchou: mas a dor ficou.
Muitas flores terás ainda, perfumadas e gloriosas, ó Mundo!
Mas para mim já passou a hora de colher flores. E já não tenho a minha rosa, na noite profunda que vem: tenho apenas a dor que ficou.



Ó mulher, não és apenas a obra-prima de Deus,

mas também a dos homens. Estes te enfeitam com a beleza
do seu coração.
Os poetas tecem os teus véus com os fios de ouro da sua fantasia; os pintores imortalizam a forma de teu corpo.
Dá suas pérolas o mar, as minas dão seu ouro, dão suas flores os jardins estivais - para que sejas mais linda e mais preciosa.
O desejo do homem coroa de glória tua mocidade.
És metade mulher, metade sonho.


R.N.Tagore

Sem comentários: