O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, maio 25, 2003

VIOLÊNCIA SOBRE AS MULHERES



AUMENTA 60% EM 2003

A machista Península Ibérica é abalada por crimes e escândalos em que de uma forma ou outra a mulher é a vítima...
Que os homens matem mulheres ou violem crianças é ainda a Mulher a vítima.
Esta incidência história começa coma as invasões bárbaras há milénios...



Notícia sobre o assassínio de mulheres por parte dos maridos em Espanha, com destaque para uma candidata às eleições do PP numa pacata povoação de Huebla de Hijar, morta com 11 tiros pelo marido. O segundo assassínio desta semana foi em Valência o de uma jovem mulher esfaqueada pelo seu noivo.

O poder patriarcal, abalado pelo conflito dos princípios no domínio masculino exclusivo e o sentido de posse ou da sua idéia, mesmo que inconscientemente, da inferioridade da mulher, o homem confronta-se com a sua afirmação social, política ou mesmo no seio da família e assim, quando a não pode simplesmente dominar ou ridicularizar, mata-a, e baseado nesse “direito” de “chefe de família” continua a violar tanto as mulheres como as crianças...

E quanto mais as mulheres lutam pela sua liberdade e dignidade, mais são violadas, atacadas e ridicularizadas por não corresponderem à imagem e aos padrões do domínio masculino que só aceita a mulher que ele domina, travestiou ou prostituiu ou ainda lhe serve de ícone - o modelo ou mesmo as executivas saídas directamente das suas cabeças de Zeus...Aquelas que eles, de uma ou de outra maneira não temem e correspondem aos seus esteriótipos quer “humanos” quer sexuais...
São essas as mulheres que aparecem nos seus jornais e suplementos, as que os adulam e lhes dão o direito de posse absoluta, mesmo a fingir que são livres!...



“A racionalização do sistema androcrático (dominação exclusiva dos homens) é serem os homens como “chefes de família”, quem toma conta das mulheres e crianças. Esta racionalização baseia-se porém num modelo de realidade que, mais uma vez, ignora quantidades maciças de dados, pois estes demonstram sobejamente que uma das principais razões porque tantas mulheres e crianças em todo o nosso globo vivem na miséria mais abjecta é o facto de, tanto em famílias “unidas” como “destroçadas”, os homens NÃO sustentarem adequadamente as mulheres e os filhos.”


“O CÁLICE E A ESPADA” – Riane Eisler


“O livro mais importante desde a Origem das Espécies de Darwin”
Asheley Montagu

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