O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, maio 24, 2003




"PLUS PROFOND EST LE COEUR DES FEMMES
QUE LA PLUS VASTE MER DU MONDE"


"É MAIS PROFUNDO O CORAÇÃO DAS MULHERES
QUE O MAIS VASTO MAR DO MUNDO"


Provérbio bretão da Ilha de Batz

A ALQUIMIA DO AMOR


"A visão da mulher tem um papel importante na Obra de Alquimia.
A mulher que se vê - companheira, amante, ou deusa iniciadora - é a projecção de um oposto a integrar nessa união superior a que se aspira.
É a força transformadora, ela mesma transformada - em mineral, vegetal, animal, ou ainda num dos elementos, ou um astro, ou logo em divindade "(...).


Y.K.Centeno


ENTRE POETISAS...


FINAL DE UMA CARTA
de Cecília Meireles a Fernanda de Castro



"Vê se melhoras do teu pessimismo! Si soubesses o que eu dadria para arrancar-te disso! Verei se te convenço em 1940.
Tenho grandes missões a cumprir em Portugal, quando lá fôr!
A vida não é assim tão ruim, Fernanda. É apenas horrível. Mas nós podemos salvar-nos da vida: Como? Perguntarás.
Vivendo do além vida. Se fores uma boa menina, daqui a um ano te explicarei essa e outras coisas.
Adeus, saudades muitas. Lembra-te de mim e escreve-me. Tua, muito amiga, apesar de um pouco pateta...”




ROSÁRIO:

Não sei porquê, lembrei-me de ti e de te escrever aqui umas pequenas linhas...
Pela tua luta de mulher profissional e mãe e poetisa também...
Agradecer-te os poemas e as flores que me enviaste...e a aconcelhar-te vivamente
a leitura de um livro em francês e visto estares aí em Lyon,
terras de França é fácil...

"LA FEMME CELTE" - de Jean Markale (ed. Payot)


Depois envio-te os meus livros.
O lançamento correu muito bem, mas apesar de cansativo é muito gratificante pelo reconhecimento e presença de amigos
e das pessoas que nos são queridas. Gostava que tivesses estado. No próximo, quem sabe?
No fim de semana escrevo-te...

Um abraço deste Portugal confuso e agonizante, cheio de preconceitos e medos e talvez um pouco pidesco...
De novo a sombra das escutas e das perseguições?...com ou sem razões (os fins não justificam os meios... ), mete-me nojo!


R.L.

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