O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, maio 06, 2003



LADAÍNHAS PAGÃS


Não me apetece escrever mais nada senão uma reza, como uma promessa, uma peregrinação a caminho de Fátima como de Delfos há milhares de anos, ou de um qualquer outro lugar consagrado à Grande Deusa, à Grande Mãe da antiguidade, desde todos os tempos consagrada e a que todos apelamos, eu farta de mundanidade, de exposições e filmes e crueldade, mentiras lutas e guerras, peço á Deusa como o poeta:


Beija-nos suavemete na fronte,
Tão levemente na fronte que não saibamos que nos beijam
Senão por uma diferença na alma.

E um vago soluço partindo melodiosamente
Do antiquíssimo de nós


De uma oculta vontade de soluçar,
Talvez porque a alma é grande e a vida pequena,


Vem e embala-nos,
vem e afaga-nos,


Vem cuidadosa
Vem maternal,


(...) F.P.

PELA PAZ ENTRE AS MULHERES TAMBÉM...

Ó Mãe eterna
Tudo o que mais anseio neste mundo
é tornar-te presente, substancial, alimento.

Tudo o que mais queria era saber se sabes
dos meus passos e os segues...
Como o Anjo segue a criança de cada vez que se encontra à beira do abismo,
e não sabe que corre perigo de cair...


Tudo o que eu queria era ver-te aparecer de novo na Terra,
Luminosa e radiante, cheia de amor e doçura
Virgem e Senhora de ti como na aurora dos tempos,
durante os milénios em que reinaste sem culpa nem pecado!

Queria, converter o Mundo ao teu culto pagão, sem credos nem padres,
sem mais divisões e lutas entre nós... mulheres.

Amen


"ANTES DO VERBO ERA O ÚTERO"
Rosa Leonor Pedro - Lançamento dia 22/5/2003

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