O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, março 24, 2003



AS BRUXAS ERAM SACERDOTISAS DISFARÇADAS...


Aquilo que pensamos extinto da sociedade, continua de algum modo latente no inconsciente da humanidade e quer os homens quer as mulheres vivem ainda com esses "fantasmas". Não é na negação ou ocultação destas memórias que nos libertamos, mas enfrentando os nossos medos e atavismos e corrigindo os erros como que extraíndo o verme da ignorância e o medo ancestral do oculto - aquilo que ainda não sabemos! As religiões foram e são a forma mais desastrosa de contaminar pelo ódio, criando a separação dos sexos e todas as atrocidades seculares em nome de um credo... E em nome de um DEUS único dizimaram-se povos e civilizações, culturas e arte, referências de uma DEUSA, Mãe de toda a humanidade, primeira referência de amor, uma Mulher que foi cindida em duas (a mãe e a prostituta) e cuja divisão originou para o próprio homem uma cisão da sua natureza: em luta contra o seu feminino o homem tem vindo a tornar-se um travesti em vez de integrar esse feminino no conhecimento da mulher verdadeira, quer em si mesmo quer fora de si. A Mulher está a tornar-se um ser em extinção... e o homem misógino por consequência da sua atitude histórica e religiosa, num onanista ou pedófilo... Na óbvia crise dos padres, está-lhes ainda empregnada na memória a ideia da mulher satânica e diabólica, a BRUXA, enquanto que as crianças (da sua preferência) são os "anjinhos salvadores" que os levarão para o céu... O resultado dessa ignorância e divisão está à vista. Violência sistemática sobre a mulher abuso de crianças...

"O clima de desconfiança em relação às mulheres teve também predileções profissionais. Quando não era o caso de grandes perseguições orquestradas para expurgar males como a peste, certos ofícios tipicamente femininos tinham precedência na lista de denúncias. Curandeiras, vitais para uma sociedade onde a medicina ainda era uma ciência incipiente, tornavam-se herejes e apóstatas da noite para o dia. Cozinheiras também viviam sob constante desconfiança, assim como as parteiras."

Bruxas sim! Mulheres militares não!



"O ELOGIO DA LOUCURA" -- DE ERASMO


(...) Não falando dos males que o homem faz ao homem, tais como a pobreza, o encarceramento, a infâmia, a vergonha, o tormento, a traição, a cilada, o ultraje, a fraude; seria impossível enumerá-los todos.
Não vos vou referir que crimes cometeram os homens, nem que deus irado os coagiu a nascer para tais misérias. (..)



"A VOZ DO SILÊNCIO"

"Sim a ignorância é como uma vasilha fechada e sem ar; a Alma uma ave dentro dela.
Não canta, nem pode mexer uma pena; mas jaz num torpor e morre de não poder respirar."



H.P.Blavatsky


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