O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, novembro 23, 2002



MULHER VULCÃO

"Elle a une envie de femme. Envie de quoi ? Mais du Tout, du Grant Tout universel."


(…)

"A ce désir immense, profond, vaste comme une mer, elle succombe, elle sommeille. En ce moment, sans souvenir, sans haine ni pensé de vengeance, innocente malgré elle, elle dort sur la prairie, tout comme autre aurait fait, la brebis ou la colombe, descendue, épanouie, - je n’ose dire, amoureuse."



"Elle a dormi, elle a rêve…Le beau rêve ! Et comment le dire ? C’est que le monstre merveilleux de la vie universelle, chez elle s’était englouti ; que désormais vie et mort, tout tenait dans ses entrailles, et qu’au prix de tant de douleurs elle avait conçu la Nature."


In « LA SORCIÈRE » de Michelet



"A MÃO DE UMA AMA ASTRAL"


"QUANDO DURMO MUITOS SONHOS, VENHO PARA A RUA,
DE OLHOS ABERTOS, AINDA COM O RASTRO E A SEGURANÇA DELES.
E PASMO DO AUTOMATISMO MEU COM QUE OS OUTROS ME DESCONHECEM.
PORQUE ATRAVESSO A VIDA QUOTIDIANA SEM LARGAR A MÃO DE UMA AMA ASTRAL.
PORQUE MEUS PASSOS NA RUA VÃO CONCORDES
E CONSOANTES COM O OBSCUROS DESIGNIOS DA IMAGINAÇÃO DE DORMIR.
E NA RUA VOU CERTO; NÃO CAMBALEIO; RESPONDO BEM; EXISTO."



Fernando Pessoa -- Livro do Desassossego


1 comentário:

Anónimo disse...

Rosaaaa
Somos bonequinhas infláveis
na mão dos
"homens".................
Com reverência, sua eterna seguidora,
Ana