O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, março 15, 2002

PENSAMENTOS DISPERSOS...

O sentimento que mais me dignifica é a confiança nos seres humanos; a maior alegria que sinto na vida é poder confiar em alguém!
Em contrapartida, o sentimento que mais desprezo e mais me fere é a traição. Não falo de infidelidade conjugal ou amorosa porque essa para mim não existe na medida em que ninguém é de ninguém! Mas ser fiel à palavra dada ou a um princípio de dignidade e respeito pelo próximo, isso enaltece-me sempre!

Uma amiga dizia-me ontem que a raiva às vezes ajuda a criar... eu contestei. Pensava que só o amor é criativo! Mas depois, reflectindo, vi que antes que o amor venha, às vezes é preciso varrer obstáculos e nisso a raiva de facto ajuda... É como uma rajada de vento que varre a poeira!

Aquilo que desde sempre eu mais odeio é a mentira. Toda a vida procurei ser verdadeira, mas um dia percebi que há mais amor numa pequena mentira do que numa verdade nua e crua! Para perceber algo tão essêncial, levei uma vida e meia...

Sim, a verdade dói muito mais do que a mentira...e para a enfrentar tem que se estar muito acima da dualidade mal e bem. Por isso a Deusa aparece sempre envolta em véus e só aos olhos do iniciado despe a túnica de pele...

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MEMÓRIAS ATÁVICAS

Há memórias em nós, registos de outras vidas, marcas indeléveis, reminiscências que nos acordam para uma informação mais global do nosso ser. Para isso temos de estar atentos e mergulhar, por assim dizer num plano de consciência mais elevado...
A razão tornou-se absoleta para a captação do nosso ser em profundidade e nunca foi mais do que um utensílio de superfície, ligada aos nossos cinco sentidos e tempo espaço linear. O Ser Humano em si, tem-se revelado muito mais do que isso. O exercício mental puro ou mesmo abstracto não tem nada a ver com a essência do ser. A razão e a lógica sem a emoção não servem de nada. Seja a filosofia, seja a metafísica sem a experiência da união dos dois polos opostos complementares em nós, não nos leva a nenhum lado. O conhecimento que não seja a Síntese do ser de nada nos serve...
É preciso ir ao amâgo do nosso ser, ligar o céu e a terra e realizar a Obra.
Essa é a única Arte!

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UM DESVIO CULTURAL

Os Homens passaram séculos a dissecar, a separar, a analizar, a fragmentar, a dividir e tudo se manteve na mesma, sem solução nem evolução! São as mesmas guerras, os mesmos ódios, assim como as lutas e a miséria ou a doença no mundo inteiro. Religiões e crenças, fanatismos e liberalismo, democracias e monarquias, reis, deuses e heróis só destruiram o mundo.Essa é a nossa história ou a idade do ferro!
Os homens destruiram o planeta e exploraram as mulheres, dominando metada da humanidade.
Saímos da idade do ouro em que uma sociedade equalitária de paz e amor prosperava, para a idade das trevas, tempo em que os homens cegos de ódios destróiem o planeta, há mais de cinco mil anos... São os mesmos invasores bárbaros, hebreus, equeus e dórios, os mesmos com outros nomes, outras armas e outras máscaras!

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GUERRA SANTA?

Que homens são estes que se matam e arrastam pelo chão um irmão ensanguentado ou ou penduram numa aste? Que seres humanos, animais sanguinolentos, que matam estèrilmente? Que raça é esta negra e branca que destrói e mata implacávelmente em nome do seu deus de ódio e guerra por um bocado de terra-santa?!
Que mundo é este em que vivemos e a que eu pertenço?! Vivo eu nesta realidade ou tudo isto não passa de um pesadelo ou um mau filme de violência "made in America"...

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ALEIÇÕES

Portugal é um país de ficção e de turistas, de malabaristas, artistas de circo, trapezistas, escritoras de cordel, políticos na corda bamba, da esquerda para a direita e vice-versa; mentirosos ou demagogos, megalómanos, histéricos outros, onde se misturam as cores dos clubes com as dos partidos, sem hospitais mas com campos de futebol a granel, onde vivemos no maior atrazo económico e de mentalidades e o "interior" do País vive na idade Média. Este é o País onde o ordenado mínimo é o mais baixo da Europa e os jornalista de televisão, no canal da nação, ganham milhares de "contos" por mês e quem paga somos nós e onde se discute as porcentagens mínimas de aumento de salários e onde nove mil e quinhentas mulheres são espancadas e violadas "oficialmente" por ano o que prova a nossa ascendência árabe...


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