O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, fevereiro 16, 2002




(...) A palavra grega therapeuein, curar, significava, originalmente, “serviço aos deuses”. Por conseguinte a cura ocorria, de início, num contexto sagrado. Filo faz referência a um grupo de judeus contemplativos, pré-cristãos, que chamavam a si mesmos Therapeuts, “quer porque professavam uma arte medicinal mais eficaz do que aquela que tinha emprego geral nas cidades (já que esta apenas cura os corpos, ao passo que aquela cura almas que se acham submetidas ao jugo de moléstias terríveis e quase incuráveis, infligidas pelos prazeres e apetites, temores e sofrimentos, pela cobiça, pelos desatinos, pela injustiça e por todo o elenco da inumerável multidão de paixões vícios), que por terem sido instruídos pela natureza e palas leis sagradas a servirem o Deus vivo”. Portanto, psicoterapia significa, em termos essências, serviço à psique.

In “ANATOMIA DA PSIQUE” de Edward F. Edinger

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A tradição curativa ou terapeutica relacionava-se originalmente com a Deusa e com as sacerdotisas e feiticeiras ligadas estas ao culto da Grande Mãe, Senhora da Natureza e das Fontes, como princípio procriador e nutriente. A Mãe e Deusa e Mulher, não só alimentava e cuidava a criança como curava de todos os males pelo seu Dom inato e também pelo poder inerente ao amor livre da mulher que alimentava do seu corpo tanto a criança como o amante. A mulher não só dava à luz a criança como iluminava o homem iniciando-o no amor. Só depois do culto da Deusa Ter sido destruído pelos bárbaros kurgans, hebreus e aqueus, os homens usurparam esses poderes da Mãe e passaram eles a usar a Magia antes Branca (A Deusa Branca!) agora Negra (da cor das suas vestes) em toda a negritude de ódio implantando e o medo que incutiram nas mulheres que escravizaram e vendiam a seu belo prazer. Esse medo ainda impera no inconsciente das mulheres que continuam dominadas e exploradas por Mafias modernas no dito mundo civilizado. E esteja a mulher coberta por um véu no Oriente ou nua no écran no Ocidente a dominação patriarcal é igual! Eu creio que nenhuma Mulher será livre e digna enquanto houver uma só mulher no mundo obrigada a prostituir-se! As mulheres não querem que os seus filhos morram nas guerras e sublevam-se, mas deixam as suas filhas serem prostituídas pelos seus pais e irmãos... Porque a ordem patriarcal - o dinheiro e a guerra! - ainda domina o mundo em detrimento das mulheres!
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(...).
“Ser dividido é a nossa condição humana -. Admitiu ela. - Mas nossa divisão não está entre mente e corpo, que abriga a mente e a individualidade, e o duplo, que é o receptáculo da nossa energia básica.
Ela disse que antes do nascimento, a dualidade imposta ao ser humano não existe, mas a partir do nascimento, as duas partes são separadas pela força da intenção da espécie humana. Uma parte volta-se para fora e torna-se corpo físico; a outra, interna, torna-se o duplo. Na morte, a parte mais pesada, o corpo volta a terra para ser por ela absorvido, e a parte leve, o duplo, torna-se livre. Mas infelizmente como o duplo nunca foi aperfeiçoado, ele experimenta a liberdade apenas por um instante, antes de dispersar-se pelo universo.

Se morrermos sem apagar nosso falso dualismo de corpo e mente, temos uma morte comum - disse ela.
(...) morremos porque a possibilidade de nossa transformação não entrou em nossa consciência. Ela ressaltou que esta transformação deve ser realizada durante nossa vida, e que o cumprimento dessa tarefa é a única meta que o ser humano pode Ter. Todas as outras realizações são transitórias, pois a morte dissolve todas no nada.”“.

In “A TRAVESSIA DAS FEITICEIRAS”(Jornada Iniciática de uma mulher)

De TAISHA BABELAR
Prefácio de CARLOS cASTANHEDA

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As mulheres não são uma metade da humanidade porque a metade homem as dividiu em dua metades. Assim, a mulher divide-se em duas metades ela própria: as compradas e as vendidas...Estas lutam entre si pelo seu senhor que as compra ou as vende... Neste intercâmbio secular, a mulher ainda não percebeu que luta contra si mesma de cada vez que luta contra a “outra”... enquanto que a “outra” perde para o “travesti”... São estas as ironias do destino ou as consequências dessa divisão!

dEUS CRIOU A MULHER E O HOMEM CRIOU A PUTA...

ANTES DE SE PODER REALIZAR HUMANA E ESPIRITUALMENTE A MULHER TEM A DURA OU ÁRDUA TAREFA DE UNIR AS DUAS MULHERES QUE A IGREJA DIVIDIU EM SANTA E PUTA. TEM DE APAGAR DA MEMÓRIA ESTE ATÁVICO REGISTO E UNIR AS DUAS EM SI MESMA! NUNCA MAIS SEPARAR A SUA SEXUALIDADE DA SUA ALMA, NUNCA MAIS SEPARAR A ALMA DO CORPO...
NUNCA MAIS O DOMÍNIO E O ABUSO!
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