O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, dezembro 17, 2001


Ta Mery

Lembras-te, foi em Tentyris,
quando a deusa com máscara de gata dançou
e lançou um feitiço quando te viu?
Levou-te com ela ... desde aí fiquei só.

Lembro-me da terra vermelha, da minha sede
e da tua miragem...
Lembro-me da noite vir, do teu doce e terno sorrir,
da sede da tua boca, do teu corpo a escaldar...
Não, não tive medo, antes ri, quando uma pequena serpente
me entrou no coração
e gentilmente o seu veneno me adormeceu.

Agora me lembro, queria ir contigo a Denderah
ver Bastit no seu altar.

Queria lembrar-me quem era,
se tua mãe, tua amante ou tua irmã...

Anda comigo a Ta Mery, ver Hathor, ouvir cantar...

Adoro a mulher dourada
louvo a sua majestade


rosa leonor pedro

1 comentário:

Ná M. disse...
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