O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, dezembro 29, 2001

o nome de Alá substitui o de uma antiga deusa da Arábia pré-islamita






"NÃO DEVEMOS ESQUECER QUE O NOME DE ALÁ SUBSTITUI O DE UMA ANTIGA DEUSA DA ARÁBIA PRÉ-ESLAMITA"


(...) “Mais do que nunca, a Virgem Maria ia tomar o lugar de todas as deusas da antiguidade, suavizando os seus traços, abandonando a sexualidade, mas permanecendo sempre aquela que dá a vida e o alimento.” (...)
Substituindo assim, “uma divindade feminina cuja função materna se desdobrava necessariamente numa função erótica. Sabemos muito bem que essa função erótica iria ser escondida desde o início de um cristianismo inteiramente orientado para uma masculinidade triunfante e uma castidade exemplar, resultante a maior parte do tempo de um terror instintivo relativamente aos mistérios da mulher.”(...)

(...)” E nunca mais devemos esquecer que o nome de Alá substitui o de uma antiga deusa da Arábia pré-islamita, deusa solar cujo simulacro era a célebre pedra Negra de Caaba, em Meca, um meteorito, portanto um Dom do céu caido sobre a terra, e que simbilozava maravilhosamente, de maneira inteiramente abstracta, a grandeza e o poder da dinvindade.”

In A Grande Deusa de Jean Markale.


***** *****


Evocação a Ishtar (excerto)(no feminino)

Eu te evoco, imóvil e exausta, sofredora e tua escrava;
Guarda-me senhora, acolhe a minha prece,
Escuta-me ó benigna, ouve a minha súplica.
Piedade! reclama por mim, o teu ânimo está desenfreado.
Piedade! para o meu corpo todo em gemidos,
desmaiando .
Piedade! Pelo meu coração enfermo, cheio de lágrimas
Suspirando.
Piedade! Pelos meus pressentimentos confusos
que me atormentam.
Piedade! Por minha casa apreensiva que geme em pranto
Piedade! Por meu ânimo conturbado entre lágrimas
Contínuas...
Ishtar, (...) teus olhos benignos, pousem sobre mim,
Com teu rosto sorridente, olha-me com bondade.
Afasta os males perversos do meu corpo e
Deixa que eu veja a tua clara Luz.


oração secular

1 comentário:

Ná M. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.